Educando com atitudes

Autora: Nara Dominick

Quando eu era criança, achava que existiam dois tipos de escola, a de adultos e a de crianças. A minha tia, Aldenira, ia para a de adultos, e minha amiga Priscila ia para a de crianças. Ela era criancinha como eu. E eu só fui alfabetizada aos nove anos, pois, por problemas de saúde, me barraram antes. Lembro-me bem que as duas escolas tinham em comum o nome: Ulbra.

Até os meus dezoito anos, em 2015, quando fiz o Enem e passei para cursar Psicologia no Ceulp, nunca havia estado na instituição. Me deparei com um lugar imenso, dividido por prédios e cheio de pessoas. Uma área enorme. Uma cidade, como meus colegas gostam de denominá-lo. Nos prédios estavam muitos sonhadores acompanhados de seus mestres.

Assim que comecei a frequentar as aulas, apareceram os primeiros obstáculos e me senti despreparada para encarar a graduação. Então, foi aí que o Ceulp me mostrou vários caminhos com escadas e corrimões nos quais eu poderia me apoiar para seguir: Laboratório de produção textual, núcleo Alteridade, Grito, Livreando e muito mais.

A Ulbrinha, eu também só conheci recentemente, quando visitei, no mesmo prédio, o Serviço de Psicologia (SEPSI), mais um projeto brilhante do Ceulp. Trata-se de uma clínica com vários serviços para a comunidade e onde os acadêmicos realizam atividades práticas.

Mas posso dizer que a concretização de um sonho exige bastante de nós, pois muitos são os obstáculos. Este ano, por exemplo, minha saúde me pregou mais uma peça! É por isso que hoje me refiro a essa universidade como família. Foi um momento difícil, mas Deus enviou-me meus anjos e eles me embalaram e me acolheram com amor, cuidado, solidariedade e esperança.Essa experiência me fez ver que em um tempo quando muito se fala de amor e pouco se ama, o Ceulp não é só um contrato institucional cristão. É uma prática disseminada no dia a dia entre nós.

Ao concluir, desejo que o Ceulp possa ter mais vinte e cinco anos, enriquecendo e transformando vidas. Obrigada por tudo!