CAOS: Perfil sociodemográfico e clínico do SEPSI é apresentado em evento

As sessões técnicas do Congresso Acadêmico de Saberes em Psicologia ocorreram no Ceulp

Por Laryssa Nogueira dos Anjos Araújo - Acadêmica de Psicologia do Ceulp – Palmas-TO
28/08/2017 • Atualizado em 28/08/2017 22:09

 

Na tarde desta quinta-feira, dia 24/08, ocorreu no CEULP/ULBRA, o segundo dia de apresentação de trabalhos por comunicação oral nas Sessões Técnicas do Congresso Acadêmico de Saberes da Psicologia (CAOS). O “Perfil sociodemográfico e clínico do serviço de psicologia do CEULP/ULBRA”, trabalho orientado pela profª. Drª. Irenides Teixeira, foi exposto pela psicóloga egressa, Jória Mírian Alves, como resultado do seu Trabalho de Conclusão de Curso.

 

Para averiguar o perfil sociodemográfico e clínico do serviço de psicologia do Ceulp/Ulbra, Jória precisou buscar informações desde o surgimento do Nucleo de Atendimento a Comunidade -NAC, cujo um dos serviços oferecidos era o de psicologia. Comumente as pessoas se referem ao espaço como “clínica-escola”, porém em 2004 o termo foi modificado para o de “serviço-escola”, no intuito de romper o paradigma clínico no que se refere as práticas dessas atividades, ressalta a psicóloga.

O serviço-escola de psicologia subdivide-se em quatro dimensões, são elas: o Serviço de Psicologia do Ceulp/Ulbra – Sepsi; a Clínica de Direitos Humanos; o Laboratório de Avaliação e Medidas em Psicologia – Lamap; e a Clínica do Trabalho. Nisso, o trabalho apresentado teve como enfoque o Sepsi, objetivando identificar e compreender a sua importância para comunidade. Assim, ao conhecer o funcionamento do SEPSI e os dados do público atendido por ele, é possível reestruturar o serviço e contribuir para intensificar a qualidade do atendimento.

Devido ao fato da metodologia deste trabalho ser de campo, documental e quantitativa e com quase 4 mil fichas a serem analisadas, datando desde 2005 a 2016, foi imprescindível que Jória obtivesse ajuda de colegas para recolher os dados contidos nestas. Além disso, a pesquisadora relatou que teve muita dificuldade em compilar os dados que eram mais subjetivos, como a descrição da demanda, por exemplo.

Os resultados encontrados quanto ao perfil sociodemográfico do público que mais procura o serviço, foi o seguinte: em gênero é o feminino; na faixa etária é infantil, escolaridade é o ensino fundamental; na ocupação é a de estudantes; na renda familiar é a de 1-3 salários mínimos; na região da cidade é a central; e acerca da procedência, esta é de encaminhamentos ou por indicação de amigos. Ao passo que sobre perfil clínico, contradizendo a expectativa de que a demanda seria de problemas de aprendizagem visto que a faixa etária era infantil, os dados evidenciaram que a maior parte das demandas eram voltadas a conflitos familiares.

 

Nesse ínterim, conclui-se que o SEPSI cumpre seu papel social e através dessas informações, nunca antes analisadas, possibilita que a atual gestão do curso e coordenação do SEPSI se situem no que precisam melhorar, para o melhor funcionamento deste. Além disso, é válido salientar que a partir desse TCC é viável uma associação desses resultados às teorias já existentes a respeito de perfis sociodemográficos e clínicos.

Por que Caos?

A subversão de conceitos aparentemente fechados é uma das marcas das mentes mais invejáveis de todos os tempos. E pensar de forma subversiva é também quebrar com a linearidade das considerações pré-concebidas. Assim, resignificar e despir as “verdades” são a tônica de toda a produção científica, de toda a produção de saberes. Caso contrário, não se estaria produzindo ciência, mas, antes, dogmas.

A palavra CAOS, neste contexto, ganha especial sentido, já que remete à possibilidade do princípio da impermanência e da criatividade. A Física diz que é do princípio do CAOS que surge parte dos fenômenos imprevisíveis, cuja beleza se materializa na vida que se desnuda a todo instante.

É neste sentido que, também, para a Psicologia, o CAOS possibilita pensar sobre uma maneira de enxergar o Ser para além de rótulos ou de concepções a priori. Este microcosmo humano que é objeto de escrutínio do profissional de Psicologia guarda uma gama de imprevisibilidade e de originalidade que representam a própria riqueza da existência. Afinal, pelo CAOS podem-se iniciar intensos processos de mudanças, autossuperações e singularidades. É pelo princípio do imprevisível e do radicalmente distinto que se vislumbra a beleza da diferença. Estas são, em súmula, as bandeiras da Psicologia, área da ciência calcada essencialmente no Humanismo, que busca elevar a condição humana em toda a sua excentricidade, sem amarras, sem julgamentos. Esse é o princípio do CAOS, o Congresso Acadêmico de Saberes em Psicologia do Ceulp/Ulbra.

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