Pesquisa em inteligência artificial é destaque na Revista Singular

O projeto tem potencial nas áreas de games e Psicologia

Por Raabe Andrade - Estagiária de Jornalismo – Palmas-TO
28/05/2019 • Atualizado em 28/05/2019 17:16

Em abril de 2019, o Centro Universitário Luterano de Palmas (Ceulp/Ulbra) teve o prazer de lançar a primeira revista científica da instituição, nomeada de Singular. Em formato eletrônico, de publicação semestral, interdisciplinar, com circulação nacional e internacional a edição contou eixos temáticos estabelecidos pela Capes e um deles é o de “Engenharia, Tecnologia e Gestão”. Com o objetivo de promover o debate e a difusão de ideias no espaço acadêmico e ser um lugar para o compartilhamento e a exposição de resultados de pesquisas nas áreas temáticas da revista, a edição apresentou sete artigos com trabalhos de quatro universidades diferentes.

 

Um dos artigos dessa edição é o “Modelando um esconde-esconde no Minecraft utilizando Hidden Markov Model”, um estudo desenvolvido pelos mestrandos da UFMG, Ronaldo e Silva Vieira e Matheus Rodrigues Leal, sob orientação do professor Luiz Chaimowicz. Egresso do curso de Sistemas de Informação do Ceulp/Ulbra, Matheus Leal, conversou conosco sobre o projeto. Ele explica que, basicamente, o trabalho explora o universo de criação dos agentes inteligentes, “que são programas de computador capazes de perceber o ambiente em que estão inseridos, processar as informações obtidas e realizar uma ação sobre o ambiente”. Para que pudessem demonstrar o funcionamento desses agentes, os pesquisadores escolheram a plataforma do jogo Minecraft e a famosa brincadeira infantil de esconde-esconde. Assim, verificaram se seria possível construir um agente que interagisse com a brincadeira de forma independente, utilizando conceitos de inteligência artificial e modelos probabilísticos.

 

Para que pudessem demonstrar o funcionamento desses agentes, os pesquisadores escolheram a plataforma do jogo Minecraft e a famosa brincadeira infantil de esconde-esconde. Assim, verificaram se seria possível construir um agente que interagisse com a brincadeira de forma independente, utilizando conceitos de inteligência artificial e modelos probabilísticos.

 

Leal afirma que a preferência do grupo pelo jogo Minecraft e a brincadeira de esconde-esconde, se deu pelo fato de que apesar de ser um jogo simples, o Minecraft tem um ambiente bastante detalhado e sua plataforma de desenvolvimento é aberta ao público, o que lhes permitia trabalhar bem com o jogo. Além disso, o esconde-esconde é uma brincadeira simples, mas que permite bem a visualização da inteligência artificial em ação.

 

Foi necessário todo um semestre dividido entre “estudar o funcionamento das técnicas de inteligência artificial, aprender como desenvolver projetos de inteligência artificial utilizando o Minecraft e criar o trabalho propriamente dito”, relata Leal. Ao final do projeto, tinha-se um cenário 2D em formato de labirinto na plataforma do jogo Minecraft, e dois agentes para participação, um para procurar (chamado Seeker) e outro para esconder (chamado Runner). O objetivo era que, usando modelos de probabilidade, os agentes escolhessem novos locais no labirinto para ir e fizessem movimentos inteligentes para atingir seus objetivos. Esta versão do experimento contém apenas dois agentes, porém pode ser adaptada para suportar mais integrantes, como na brincadeira original.

 

Perguntado sobre o potencial do trabalho, o aluno afirma que por estar relacionado à inteligência artificial, ele pode ser utilizado como motivador de novas pesquisas para aprimoramento na área. Além disso os desenvolvedores de jogos podem aplicar a técnica utilizada na pesquisa em suas criações e até a Psicologia pode se beneficiar desse estudo, uma vez que consiste na tentativa de reproduzir o pensamento humano na tomada de decisões.

 

Como se pode observar, um único trabalho de pesquisa é capaz de sanar muitas necessidades e é por isso que o incentivo à pesquisa no ensino superior é tão essencial. A pesquisa pode não ser um investimento de retorno rápido, “no entanto, seus resultados à longo prazo promovem a melhoria da qualidade de vida no país: criando cidades mais inteligentes, saúde mais eficiente, desenvolvimento com menos agressão ao meio ambiente e crescimento econômico de forma direta e indireta. E a universidade é a instituição que possui o melhor capital humano para esta tarefa”, conclui Leal.

 

Confira o artigo na íntegra aqui.

 

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