ESTUDO SOBRE OS IMPACTOS AMBIENTAIS NO SOLO DO CERRADO PROVOCADOS PELA INSERÇÃO DA CULTURA DA SOJA

  • Jacqueline Henrique UFT
  • Joaquim José de Carvalho Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia - Palmas/TO
  • José Geraldo Delvaux Silva Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social
  • José Maria Rodrigues da Luz UFV https://orcid.org/0000-0001-9826-7982
  • José Expedito Cavalcante da Silva UFT
Palavras-chave: Biomas, diversidade biológica, produção agrícola, solo, Matopiba

Resumo

O Brasil tem um dos maiores hotposts de biodiversidade biológica do planeta, presente em seus seis biomas naturais. O Cerrado encontra-se disperso no território brasileiro, principalmente na região Central, é considerado o segundo maior bioma brasileiro em extensão territorial. A substituição da cobertura florestal nativa por cobertura composta por plantas domesticadas pelo homem tem promovido alterações ambientais nesse bioma. Assim, o objetivo desse estudo foi diagnosticar os impactos da inserção da cultura da soja nos atributos microbiológicos, físicos e químicos em amostras de solos do Cerrado. As amostras foram obtidas a partir de uma unidade produtiva localizado no município de Porto Nacional/TO com uma área de reserva ambiental e outra alterada com a introdução da cultura da soja durante o período seco e chuvoso. De modo geral, os solos com tempo de uso associado à mecanização agrícola pesada têm um maior grau de formação de camadas compactadas acima do limite da zona radicular efetiva da cultura da soja. A Unidade formadora de colônias (UFC/mL) foi maior, independente do período de coleta, na reserva ambiental que no talhão de plantio. A diversidade microbiana do solo do cerrado tocantinense foi confirmada pelo perfil do gradiente de desnaturação em gel de eletroforese (DGGE). A inserção da cultura de soja em Tocantins provocou alterações nos atributos do solo analisados nesse estudo e a remoção da vegetação nativa para o plantio tem influência sobre a quantidade de células e a diversidade microbiana do solo. Portanto, esses resultados mostram a importância da manutenção de área de reserva ambiental dentro das unidades de produção agrícola.

Biografia do Autor

Jacqueline Henrique, UFT

Possui graduação em licenciatura plena em física pela Fundação Universitária de Apoio ao Ensino Pesquisa e Extensão (1988), graduação em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal da Paraíba (1993),  mestrado em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal da Paraíba (1996) e doutorado pelo Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Biotecnoligia da Rede Bionorte da Universidade Federal do Tocantins (2019). Foi professora do Centro Universitário Luterano de Palmas e Instituto de Ensino Superior de Porto Nacional.  Tem experiência na área de Engenharia Agrícola, com ênfase em Engenharia de água e solo, atuando principalmente nos seguintes temas: irrigação, irrigação por sulcos, desempenho, avaliação e manejo de irrigação.

 

Joaquim José de Carvalho, Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia - Palmas/TO

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal Rural do Semi-Árido(1995), graduação em Licenciatura em Matemática pela Universidade Estadual do Tocantins(2002), mestrado em Engenharia Agricola pela Universidade Federal da Paraíba(1998) e doutorado em BIODIVERSIDADE E BIOTECNOLOGIA - REDE BIONORTE pela Universidade Federal do Amazonas(2018). Atualmente é Enquadramento funcional: Professor efetivo do Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia - Palmas/TO. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Ciência do Solo. Atuando principalmente nos seguintes temas:Ecossistemas naturais, resíduos líquidos, agroindústrias, morfologia de solos.

José Geraldo Delvaux Silva, Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Viçosa (1993), graduação em Química pela Universidade do Tocantins (2005), mestrado em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Viçosa (2010) e doutorado em Biodiversidade e Biotecnologia pela Universidade Federal do Tocantins (2017). Foi professor titular do Centro Universitário Brasileiro de Palmas. Atualmente é Engenheiro agrônomo- quadro geral - SETAS.

José Maria Rodrigues da Luz, UFV

Bacharel em Bioquímica pela Universidade Federal do Viçosa (UFV), Mestrado, Doutorado e Pós-doutorado  em Microbiologia Agrícola pela UFV e Pós-doutorado em Solo e Nutrição de Plantas pela UFV. Fui professor Visitante da Universidade Federal de Alagoas (2018-2020). Atualmente é bolsista de Pós-doutorado no projeto de Qualidade de Café em parceira entre a UFV e Instituto Federal de Ensino do Espírito Santos campus Venda Nova dos Imigrantes. O pesquisador tem experiência Bioquímica, Microbiologia Industrial, Microbiologia Agrícola, Biotecnologia, Processos fermentativos, Biologia Celular e Biologia Molecular. Ele tem desenvolvido projeto de pesquisa com os temas: cogumelos comestíveis, atividade enzimática, pinhão-manso , produção e caracterização de enzimas microbianas, bioprocessos para síntese de enzimas em resíduos de café, fermentação de café e tratamentos de resíduos sólidos. O pesquisador também participa do desenvolvido de estudos sobre qualidade química, nutricional e sensorial de café após processos de fermentação microbiana.

José Expedito Cavalcante da Silva, UFT

É graduado em Química pela Universidade Federal de Alagoas (1995), com mestrado em Química pela Universidade Federal de Pernambuco (1997), doutorado em Química pela Universidade Federal de Pernambuco (2001) e Pós-doutorado pelo Instituto de Química e Biotecnologia da UFAL(2018). Foi Professor Associado da Universidade Federal do Tocantins (2004 a 2021), onde atuou como Diretor do Campus Universitário da UFT-Araguaína (2005- 2008), Presidente do Conselho Superior da Fundação de Apoio Científico e Tecnológico do Tocantins - FAPTO (2005-2008) e Vice-Reitor da UFT(2008-2012). Atualmente é Professor Associado da Universidade Federal de Alagoas. Tem experiência na área de Química Inorgânica com ênfase em Materiais Vitrocerâmicos dopados com lantanídeos, Físico-Química Inorgânica e em Química do Solo com foco na conservação e uso sustentável da biodiversidade.

Publicado
2021-12-16