Farmacotécnica e Tecnologia Farmacêutica I

2024/1 - Turma 1914

Ementa

Competências

Conhecer as operações fundamentais utilizadas na produção de medicamentos, especialmente líquidos, equipamentos e Boas Práticas de Fabricação.

Objetivos

- Conhecer o fundamento teórico relacionado com as principais operações de transformação de matérias-primas em produtos acabados;
- Compreender conceitos e a importância da Garantia da Qualidade na Indústria Farmacêutica;
- Observar o cumprimento das Boas Práticas de Fabricação de medicamentos (BPF);
- Conhecer as diferentes áreas de uma indústria farmacêutica;
- Apresentar os principais insumos utilizados na produção de medicamentos;
- Conhecer os diferentes tipos de água utilizados na indústria de medicamentos, suas técnicas de obtenção e usos;
- Compreender a importância de aspectos biofarmacêuticos na concepção de medicamentos;
- Desenvolver formas farmacêuticas líquidas;
- Compreender os parâmetros controlados no desenvolvimento de produtos estéreis.


Programa

1 Caracterização na produção de medicamentos 1.1 Obtenção de novos medicamentos 1.2 Patentes 1.3 Novas entidades químicas 1.4 Ética ma indústria farmacêutico 1.5 Biodisponilidade 1.6 Bioequivalência 1.7 Ensaios clínicos 1.7.1 Pesquisa pré clínica 1.7.2 Pesquisa clínica 1.8 Estrutura da indústria farmacêutica 1.8.1 RDC 658/22  1.9 Garantia da Qualidade
2 Excipientes 2.1 Sistema estabilizante 2.1.1 Quelante de metais 2.1.2 Conservantes microbiológicos 2.1.3 Antioxidantes 2.2 Corretores de pH 2.2.1 Acidificantes 2.2.2 Alcalinizantes 2.3 Sistema de atratibilidade 2.3.1 Corantes 2.3.2 Essências 2.3.3 Espessantes
3 Pré formulação e biofarmácia 3.1 Propriedades físicas e químicas 3.2 Aspectos fisiológicos
4 Água para uso farmacêutico 4.1 Tipos de água 4.2 Técnicas de obtenção 4.3 Parâmetros de qualidade
5 Soluções 5.1 Não estéreis 5.1.1 Soluções nasais  5.1.2Soluções otológicas 5.1.3 Soluções orais 5.14 Soluções tópicas 5.2 Estéreis Injetáveis 5.3 Colírios
6Suspensões 6.1 Lei de Strokes 6.2 Potencial de energia livre

Metodologia

A organização metodológica explicita um conjunto intencionalidades e estratégias pedagógicas diferenciadas onde a sala de aula passa a ser um espaço privilegiado de discussões, marcado pela interação entre os seus protagonistas, professor e alunos. Pressupõe acolher a investigação como princípio pedagógico norteador, a dúvida como mote fomentador para a construção de uma aprendizagem significativa e transformadora e a mutualidade como princípio fundante deste processo.

Nesse ambiente educativo interativo, o docente tem o seu papel ressignificado como mediador, problematizador e pesquisador no sentido de gerar situações pedagógicas que possam estimular e provocar o aluno a se sentir sujeito e construtor de suas aprendizagens e de sua própria formação. O sujeito aprendente se reconhece no protagonismo do processo e se envolve no momento em que tece a crítica sobre a realidade e quando dá sentido aos conhecimentos prévios construídos e vivenciados nas práticas sociais. Aprender, portanto, é um processo reconstrutivo que permite o estabelecimento de diferentes tipos de relações, ressignificações e reconstruções com vistas a sua aplicabilidade transformadora em situações diversas.

Estas assertivas remetem à importância da seleção de estratégias de aprendizagem ativas pela relevância que atribuem ao processo de protagonismo de autogestão, de reflexão e de criticidade do acadêmico em formação.

Assim sendo, as estratégias metodológicas estão voltadas para a consecução dos objetivos pedagógicos definidos para a inovação e eficácia do processo de ensino e de aprendizagem. Visando à qualificação das práticas pedagógicas, poderão ser realizadas diversificadas estratégias ativas de aprendizagem em acordo com as intencionalidades acadêmicas, a saber: aulas teóricas expositivas com recursos audiovisuais, grupos de aprendizagem, discussões sobre medicamentos comercializados e/ou processos produtivos e aulas práticas.

Cada encontro presencial passa a ser formado por um momento inicial de Aporte Teórico-metodológico de Competências (ATC) e o momento final de Trabalho Discente Efetivo (TDE), nas disciplinas categorizadas como: Teóricas (1.1), Teóricas Profissionalizantes (1.2), Teórico-práticas (2.1 / 2.2 / 2.3 / 2.5), Teórico-práticas em pacientes (3.1 / 3.2 / 3.3), Trabalho de Conclusão de Curso/Orientação Coletiva (6.1) e Curricularização da Extensão/Orientação de Campo (7.3).

Em articulação com o desenvolvimento do Aporte Teórico-metodológico de Competências (ATC), o Trabalho Discente Efetivo (TDE) qualifica o processo de aprendizagem na Educação Superior, pois o aluno, enquanto autogestor da sua aprendizagem, vivencia e valoriza os princípios de Necessidade de Saber (Compreender as razões da capacitação/Ter clareza de que precisa aprender); Autoconceito (Autonomia e autodireção da busca do conhecimento/Identificação de lacunas e busca pela solução, de forma independente); Experiências (As vivências como repositório de significados prévios e como modelo mental para enxergar e lidar com o mundo/ Potencialização da aprendizagem por a diversidade de experiências, bem conduzida, enriquece as discussões); Prontidão para aprender (Aprender para enfrentar situações relacionadas à vida/Vontade para compreender a realidade e, consequentemente, cumprir tarefas para o desenvolvimento e/ou transformação); Orientação para aprendizagem (Valorizar a aprendizagem para que essa seja capaz de resolver problemas de seu dia a dia/Aprendizagem de forma contextualizada, baseada em problemas, superação de desafios e abordagens práticas); Motivação para aprender (Consolidar satisfatoriamente competências que levem ao reconhecimento obtido e à autorrealização) .

O Trabalho Discente Efetivo do curso Farmácia é organizado considerando a aprendizagem por competências, o uso da plataforma CONECTA e as ferramentas do Google for Education, as Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Graduação e a legislação educacional vigente, sendo registro no Plano de Aprendizagem de cada componente curricular no qual está incluído

1.   Malcolm S. Knowles, Elwood F. Holton III, Richard A. Swanson: The Adult Learner (2014)



Avaliação


O componente curricular Farmacotécnica e Tecnologia Farmacêutica I, correspondente à categoria teórico-prática, segue o sistema a seguir: a avaliação possui caráter emancipatório, contínuo e processual, fundamentada nos princípios de progressão, autogestão, retroalimentação e relação construtiva entre professores e alunos, evidenciando o desenvolvimento das competências adquiridas. As avaliações objetivam a mensuração das competências adquiridas, com data, pontuação e instrumentos avaliativos determinados nesse plano de ensino, sejam:

Avaliação teórica de grau 1 Gt1 : 6 pontos
Avaliação prática de grau 1 Gp1: 2 pontos
Trabalho: 2 pontos

Avaliação teórica de grau 2 Gt2 : 6 pontos
Avaliação prática de grau 2 Gp2: 2 pontos
EXPOFARMA: 2 pontos

A média é realizada pela média ponderada:

média = (G1 + 2xG2)/3

Para aprovação, o aluno deve obter, no mínimo, seis (6) pontos na média final, além de frequência mínima de 75% nas atividades acadêmicas.

O aluno que não atingir pontuação mínima de seis (6) pontos na média final, deverá realizar o Exame Final (EF).

Avaliação é cumulativa, individual, sem consulta.

Para a solicitação de revisão do desempenho nas Avaliações, o aluno deve formalizar pedido de revisão à Coordenação de Curso no prazo de 24h após a divulgação dos resultados no diário eletrônico. No caso do Exame Final (EF), havendo inconformidade com o parecer da Coordenação, o acadêmico deve solicitar reconsideração à Coordenação Acadêmica do Campus via protocolo, em até 5 dias após o parecer emitido pela Coordenação.



Bibliografia

Básica

ALLEN JR. POPOVICH, N.G. ANSEL, H.C. Farmacotécnica:Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 6 ed. São Paulo: Premier, 2000.
AULTON, M.E. Delineamento de Formas Farmacêuticas. 2 ed. São Paulo: Artmed, 2005.
LACHMAN, L.; LIEBERMAN, H. A.; KANIG, J. L. Teoria e Prática na Indústria Farmacêutica. 2ed. v2. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2010.

Complementar

FERREIRA, A.O.Guia Prático da Farmácia Magistral. 4 ed. v2. Juiz de Fora: Pharmabooks, 2010.
GIL, E. S. Farmacotécnica compacta. São Paulo : Pharmabooks, 2006
FERREIRA, A.O.Guia Prático da Farmácia Magistral. 4 ed. v1. Juiz de Fora: Pharmabooks, 2010.
LE HIR, A. Noções de farmácia galênica. 6 ed. São Paulo: Organização Andrei, 1997.
PRISTA, L. N.; ALVES, A. C. E MORGADO, R. M. R..Tecnologia Farmacêutica. Lisboa, Fundação Calouste Gulbekian, 8ª ed., 2011.

Material Digital

BRASIL. AGENCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA.  RESOLUÇÃO RDC Nº 658, DE 30 DE Março DE 2022. Disponível em: https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-rdc-n-658-de-30-de-marco-de-2022-389846242

Informações da Turma
Curso
Farmácia
Período: 3
Carga Horária: 76h
Horário: 3N
Sala: 317