Fundamentos do Cuidado Humano II

2024/2 - Turma 1209

Ementa

Conhecimento teórico e prático relacionado aos procedimentos de enfermagem e sua aplicabilidade na assistência à saúde do indivíduo e família desde o momento de sua admissão a nível hospitalar e/ou ambulatorial até sua reintegração na comunidade.

Competências

- Correlacionar o comportamento sustentável nas aulas laboratoriais com o processo de trabalho em enfermagem;
 Classificar os modos de transmissão de infecções nos diversos ambientes de atendimento à saúde;
 Compreender a importância das técnicas de segurança, organização e limpeza da unidade, bem como do paciente no ambiente hospitalar;
 Compreender técnicas de promoção e manutenção de atividade física, exercício, sono e repouso do paciente;
 Identificar parâmetros normais dos sinais vitais e medidas antropométricas dos pacientes;
 Dominar aspectos relacionados à administração de medicamentos por diversas vias;
 Realizar cálculos de medicações;
 Correlacionar às infecções e afecções das vias aéreas com a terapêutica da oxigenoterapia, nebulização e aspiração das vias aéreas;
 Compreender as situações clínicas dos pacientes que necessitam de sondas para manutenção do estado nutricional adequado;
 Identificar situações clínicas e terapêuticas de pacientes que necessitam de cateteres vesicais para controle e manutenção da diurese;
 Dominar os fatores relacionados ao tratamento dos diversos tipos de feridas;
 Dominar técnicas de anotações, terminologia aplicada à saúde e registros;
 Compreender a importância da liderança na área da saúde.

Objetivos

3.1 GERAL: Apresentar os principais conhecimentos para a base do cuidado de enfermagem nos diferentes níveis de atenção em saúde.
3.2 ESPECÍFICO(S):
 Desenvolver as técnicas de enfermagem no laboratório sempre correlacionando com conhecimento científicos (anatomia, fisiologia, patologia, farmacoterapia, dentre outros) adquiridos no curso.
 Adotar comportamento sustentável relacionados ao trabalho de enfermagem;
 Aplicar conhecimento científicos para prevenção de transmissão de infecções;
 Desenvolver técnicas de organização da unidade do paciente;
 Realizar técnicas de banhos terapêuticos e higiene do paciente;
 Aferir sinais vitais e antropometria;
 Administrar medicamentos por diversas vias;
 Realizar cálculos de medicações;
 Desenvolver atitudes de trabalhar em equipe e liderança;
 Desenvolver práticas de enfermagem baseadas em evidências, na teoria e na pesquisa.

Programa

UNIDADE I - Prevenção e controle de infecção
Princípios científicos da intervenção de enfermagem relacionados à assepsia:
a) Biosseguranças nos serviços de saúde
b) Microrganismos mais comuns nos hospitais
c) Princípios de Assepsia: higiene das mãos, como calçar e retirar luvas, abrir e manipular pacotes estéreis.
d) Antissepsia, Assepsia, degermação, esterilização, desinfecção, princípios de higiene
e) Tipos de precauções baseadas na biossegurança.
UNIDADE II - Antropometria e sinais vitais no ciclo vital
a) Avaliação dos parâmetros da composição corporal (IMC - RCQ)
b) Investigação da temperatura corporal
c) Investigação da pulsação
d) Avaliação da frequência respiratória
e) Investigação da pressão arterial
f) Avaliação da dor
UNIDADE III - Assistência de Enfermagem empregada na de higiene e conforto
a) Unidade do Paciente: Preparo e limpeza, desinfecção e arrumação do leito
b)Aplicação de calor e frio
c) Avaliação da capacidade para o autocuidado - uso de instrumentos
UNIDADE IV - Promoção e manutenção de atividade física, exercício, sono e repouso
a) Exercícios físicos
b) Posicionamentos do cliente
c) Transporte e transferência do cliente (Mecânica corporal do enfermeiro/Ergonomia)
d) Contenção do cliente
e) Movimentação e Transporte do Paciente
UNIDADE V - Assistência de Enfermagem empregada na administração de medicamentos
Princípios de administração de medicamentos
a) Medidas de segurança e prevenção de erros
b) Vias Enterais: Via oral (VO), Via sublingual (SB) e Via retal (VR)
c) Vias Parenterais: Via intradérmica (ID), Via subcutânea (SC), Via intramuscular (IM) e Via endovenosa (EV ou IV)
d) Outras vias: medicação oftálmica, no ouvido, nasal, uretral, vaginal e tópica
e) Cálculo de Medicação

Metodologia

A organização metodológica explicita um conjunto intencionalidades e estratégias pedagógicas diferenciadas onde a sala de aula passa a ser um espaço privilegiado de discussões, marcado pela interação entre os seus protagonistas, professor e alunos. Pressupõe acolher a investigação como princípio pedagógico norteador, a dúvida como mote fomentador para a construção de uma aprendizagem significativa e transformadora e a mutualidade como princípio fundante deste processo.
Nesse ambiente educativo interativo, o docente tem o seu papel ressignificado como mediador, problematizador e pesquisador no sentido de gerar situações pedagógicas que possam estimular e provocar o aluno a se sentir sujeito e construtor de suas aprendizagens e de sua própria formação. O sujeito aprendente se reconhece no protagonismo do processo e se envolve no momento em que tece a crítica sobre a realidade e quando dá sentido aos conhecimentos prévios construídos e vivenciados nas práticas sociais. Aprender, portanto, é um processo reconstrutivo que permite o estabelecimento de diferentes tipos de relações, ressignificações e reconstruções com vistas a sua aplicabilidade transformadora em situações diversas.
Estas assertivas remetem à importância da seleção de estratégias de aprendizagem ativas pela relevância que atribuem ao processo de protagonismo de autogestão, de reflexão e de criticidade do acadêmico em formação.
Assim sendo, as estratégias metodológicas estão voltadas para a consecução dos objetivos pedagógicos definidos para a inovação e eficácia do processo de ensino e de aprendizagem. Visando à qualificação das práticas pedagógicas, poderão ser realizadas diversificadas estratégias ativas de aprendizagem em acordo com as intencionalidades acadêmicas, a saber: resolução de problemas, estudos de casos reais e/ou simulados, projetos de trabalho, exposição dialogada, portfólios/webfólios, visitas técnicas e pesquisas de campo, grupos de aprendizagem, seminários integradores, dinâmicas de grupo, mapas conceituais, ensaios argumentativos, estudos de textos e ensaios, narrativas, perguntas pedagógicas, júri simulado, Grupo de Verbalização e Grupo de Observação, maquetes, consultorias, cinefórum, pôsteres, diário de aula, gincanas, jogos, painéis, simulação de atuação profissional, debates, entrevistas, blogs, Tempestade Mental ou Chuva de Ideias (Brainstorming), Dramatização (Rôle Playing), dentre outras. Cada encontro presencial passa a ser formado por um momento inicial de Aporte Teórico-metodológico de Competências (ATC) e o momento final de Trabalho Discente Efetivo (TDE), nas disciplinas categorizadas como: Teóricas (1.1), Teóricas Profissionalizantes (1.2), Teórico-práticas (2.1 / 2.2 / 2.3 / 2.5), Teórico-práticas em pacientes (3.1 / 3.2 / 3.3), Trabalho de Conclusão de Curso/Orientação Coletiva (6.1) e Curricularização da Extensão/Orientação de Campo (7.3).
Em articulação com o desenvolvimento do Aporte Teórico-metodológico de Competências (ATC), o Trabalho Discente Efetivo (TDE) qualifica o processo de aprendizagem na Educação Superior, pois o aluno, enquanto autogestor da sua aprendizagem, vivencia e valoriza os princípios de Necessidade de Saber (Compreender as razões da capacitação/Ter clareza de que precisa aprender); Autoconceito (Autonomia e autodireção da busca do conhecimento/Identificação de lacunas e busca pela solução, de forma independente); Experiências (As vivências como repositório de significados prévios e como modelo mental para enxergar e lidar com o mundo/ Potencialização da aprendizagem por a diversidade de experiências, bem conduzida, enriquece as discussões); Prontidão para aprender (Aprender para enfrentar situações relacionadas à vida/Vontade para compreender a realidade e, consequentemente, cumprir tarefas para o desenvolvimento e/ou transformação); Orientação para aprendizagem (Valorizar a aprendizagem para que essa seja capaz de resolver problemas de seu dia a dia/Aprendizagem de forma contextualizada, baseada em problemas, superação de desafios e abordagens práticas); Motivação para aprender (Consolidar satisfatoriamente competências que levem ao reconhecimento obtido e à autorrealização).
O Trabalho Discente Efetivo do curso de enfermagem é organizado considerando a aprendizagem por competências, o uso da plataforma Aula e as ferramentas do Google for Education, as Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Graduação e a legislação educacional vigente, sendo registro no Plano de Aprendizagem de cada componente curricular no qual está incluído.

Avaliação

A ULBRA, ao fomentar práticas pedagógicas que otimizam o protagonismo e a autonomia acadêmica, compreende a avaliação como componente indissociável do processo ensino e aprendizagem ativo, dinâmico, processual e formativo. Nesta perspectiva, a avaliação é um processo de reflexão e de diálogo entre os envolvidos, assumindo um caráter interativo no qual as relações interpessoais e os projetos coletivos demarcam espaços de aprendizagem.
As atividades propostas evidenciam o desenvolvimento de competência, distribuídos ao longo do período (semestre), a partir dos modelos de estrutura de avaliação de acordo com a categorização das unidades curriculares (disciplinas), conforme previsto na Resolução do CONSEPE Nº 891.
A avaliação constitui processo contínuo, sistemático e cumulativo.

Avaliação de Grau Um (G1) relativo aos saberes elaborados no primeiro bimestre letivo, que habilitam o aluno a aplicar e construir ou reconstruir, conhecimentos, metodologias e processos.
Avaliação de Grau Dois (G2) relativo à totalidade dos saberes elaborados ao longo do semestre, e ao desenvolvimento de competências que habilitam o aluno a utilizar, criativamente, as aprendizagens propostas pela disciplina.
A Média Parcial (MP) é o resultado da média ponderada entre G1, com peso um, e G2, com peso dois. Calculada da seguinte forma: 𝑀𝑃 =𝐺1 + (𝐺2𝑥2)3.
Serão aprovados os alunos que atingirem, no mínimo, 6,0 (seis) pontos na MP.
Os alunos que atingirem, no mínimo, 75% de frequência poderão realizar a prova de Exame Final (EF). Nesse caso, a Média Final (MF) será o resultado da média ponderada entre Média Parcial (MP), com peso um, e Exame Final (EF), com peso dois.
Os alunos que atingirem, no mínimo, 75% de frequência poderão realizar a prova de Exame Final (EF). Nesse caso, a Média Final (MF) será o resultado da média ponderada entre Média Parcial (MP), com peso um, e Exame Final (EF), com peso dois. Calculada da seguinte forma: 𝑀𝐹 = 𝑀𝑃 + (𝐸𝐹𝑥2) 3.
No Exame Final (teórico) será aplicado uma avaliação escrita com questões objetivas e subjetivas de todo o conteúdo ministrado;
No Exame Final (prática) será aplicado uma avaliação prática em laboratório, com os mesmos critérios estabelecidos em G1 e G2.
• Prova teórica: 6,0 pontos
• Prova prática: 4,0 pontos
É considerado aprovado na disciplina o aluno que atingir, no mínimo, 75% de frequência e Média Final (MF) igual ou superior a seis (6,0).

Avaliações do Componente teórico:

- Atividade G1: Aprendizagem baseada em problemas. Pontuação: 1,0.
- Solicitação de Lista de Termos Técnicos e 30 Fármacos pré-selecionados com: Princípio ativo; Apresentação; Indicação; Via de administração; Mecanismo de ação; Reações adversas; Contraindicação.

- Atividade G2 – Portfólio. Pontuação: 1,0.
Os alunos deverão desenvolver um portfólio sobre todos os temas abordados em sala de aula e entregues dentro do prazo previsto.

- Avaliação prática – Individual. Pontuação: 4,0.
Compreende o sorteio de um procedimento abordado na disciplina e aplicação no manequim.

Bibliografia

Básica

PORTO, C. C. Exame clínico: bases para a prática médica. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.
POTTER, P. A.; PERRY, A. G. Fundamentos de enfermagem. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018.
TIMBY, B. K. Conceitos e habilidades fundamentais no atendimento de enfermagem. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

Complementar

CIANCIARULLO, Tâmara Iwanow. Instrumentos básicos para o cuidar: um desafio para a qualidade de assistência. São Paulo: Atheneu, 2000.
CIANCIARULLO, Tâmara Iwanow et al. Sistema de Assistência de Enfermagem: evolução e Tendências. São Paulo: Ícone, 2001.
OGUISSO, Taka; ZOBOLI, Elma (Orgs.). Ética e bioética: desafios para a enfermagem e a saúde. São Paulo: Manole, 2006.
POTTER, Patrícia A; PERRY, Anne Griffin. Fundamentos de enfermagem: conceitos, processo e Prática. 4 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1999.
TIMBY, Bárbara K. Conceitos e habilidades fundamentais no atendimento de enfermagem. Porto Alegre: Artes Médicas, 2001.

Material Digital

Informações da Turma
Curso
Enfermagem
Período: 3
Carga Horária: 152h
Horário: 6N - 5N
Sala: