INTRODUÇÃO À NUTRIÇÃO E ÉTICA
2024/2 - Turma 2000
Ementa
Conhecimentos básicos da ciência da Nutrição. Histórico da profissão. Áreas de atuação do Nutricionista. Legislação profissional e Código de Ética do Nutricionista. Questões éticas e bioéticas no campo das ciências da saúde.
Competências
Reunir as bases legais para propor ações de saúde e alimentação em conformidade com as leis e normas da profissão; identificar e tratar adequadamente as questões éticas e bioéticas no exercício da profissão.
Objetivos
GERAL:
Introduzir o aluno à ciência da Nutrição e à prática profissional do Nutricionista, além de conscientizá-lo da importância de uma postura condizente com as normas desta profissão e com os princípios da ética e da bioética.
ESPECÍFICO(S):
Inteirar o aluno quanto aos conhecimentos básicos da ciência da Nutrição e o histórico da profissão do Nutricionista, assim como suas diferentes áreas de atuação;
Proporcionar que o aluno compreenda a legislação e a regulamentação profissional do Nutricionista;
Realizar leitura crítica do Código de Ética dos Nutricionistas;
Discutir os princípios básicos da ética e da bioética e a importância destes para o exercício da profissão;
Analisar e debater, sob o ponto de vista ético, temas ligados direta ou indiretamente à prática profissional do Nutricionista.
Programa
Conceitos fundamentais da ciência da Nutrição;
Princípios básicos da Nutrição;
Guia alimentar para a população brasileira;
Emergência e evolução da profissão do Nutricionista no Brasil;
Regulamentação da profissão: Lei 8.234/1991;
Áreas de atuação do Nutricionista: Resolução CFN nº 600/2018;
Órgãos de classe, sindicatos e Conselhos;
Código de Ética do Nutricionista;
Ética, moral, deontologia, princípios e direito;
Bioética: conceitos, história, correntes teóricas e princípios bioéticos;
Bioética cotidiana e temas polêmicos;
Bioética aplicada à Nutrição Clínica, Nutrição Institucional e Nutrição Social;
Bioética e marketing de alimentos;
Normas para pesquisa envolvendo seres humanos e TCLE;
Plágio;
Ética nas mídias sociais;
Exercício legal e ilegal da Nutrição.
Metodologia
A organização metodológica explicita um conjunto de intencionalidades e estratégias pedagógicas diferenciadas, nas quais a sala de aula passa a ser um espaço privilegiado de discussões, marcado pela interação entre os seus protagonistas, professor e alunos. Pressupõe acolher a investigação como princípio pedagógico norteador, a dúvida como fomento para a construção de uma aprendizagem significativa e transformadora e a mutualidade como princípio fundante deste processo.
Nesse ambiente educativo interativo, o docente tem o seu papel ressignificado como mediador, problematizador e pesquisador, no sentido de gerar situações pedagógicas que possam estimular e provocar o aluno a se sentir sujeito e construtor de suas aprendizagens e de sua própria formação. O sujeito aprendente se reconhece no protagonismo do processo e se envolve no momento em que tece a crítica sobre a realidade e dá sentido aos conhecimentos prévios construídos e vivenciados nas práticas sociais. Aprender, portanto, é um processo reconstrutivo, que permite o estabelecimento de diferentes tipos de relações, ressignificações e reconstruções, com vistas à sua aplicabilidade transformadora em situações diversas.
Estas assertivas remetem à importância da seleção de estratégias de aprendizagem ativas, pela relevância que atribuem ao processo de protagonismo de autogestão, de reflexão e de criticidade do acadêmico em formação.
Na disciplina de Introdução à Nutrição e Ética, classificada como Teórica Profissionalizante (Categoria 1.2), as estratégias metodológicas estão voltadas para a consecução dos objetivos pedagógicos definidos para a inovação e eficácia do processo de ensino e de aprendizagem. Dessa forma, as práticas pedagógicas podem ser realizadas por meio de diversificadas estratégias ativas de aprendizagem, em acordo com as intencionalidades acadêmicas, a saber: resolução de problemas, estudos de casos reais e/ou simulados, projetos de trabalho, exposição dialogada, portfólios/webfólios, visitas técnicas e pesquisas de campo, grupos de aprendizagem, seminários integradores, dinâmicas de grupo, mapas conceituais, ensaios argumentativos, estudos de textos e ensaios, narrativas, perguntas pedagógicas, júri simulado, Grupo de Verbalização e Grupo de Observação, maquetes, consultorias, cinefórum, pôsteres, diário de aula, gincanas, jogos, painéis, simulação de atuação profissional, debates, entrevistas, blogs, Tempestade Mental ou Chuva de Ideias (Brainstorming), Dramatização (Role Playing), dentre outras.
Cada encontro presencial é formado por um momento inicial de Aporte Teórico-metodológico de Competências (ATC) e, eventualmente, um momento final de Trabalho Discente Efetivo (TDE). Em articulação com o desenvolvimento do ATC, o TDE qualifica o processo de aprendizagem na Educação Superior, pois o aluno, enquanto autogestor da sua aprendizagem, vivencia e valoriza os princípios de Necessidade de Saber (Compreender as razões da capacitação/Ter clareza de que precisa aprender); Autoconceito (Autonomia e autodireção da busca do conhecimento/Identificação de lacunas e busca pela solução, de forma independente); Experiências (As vivências como repositório de significados prévios e como modelo mental para enxergar e lidar com o mundo); Potencialização da aprendizagem (por meio da diversidade de experiências); Prontidão para aprender (Aprender para enfrentar situações relacionadas à vida/Vontade para compreender a realidade e, consequentemente, cumprir tarefas para o desenvolvimento e/ou transformação); Orientação para aprendizagem (Valorizar a aprendizagem para que o aluno seja capaz de resolver problemas de seu dia a dia); Aprendizagem de forma contextualizada (baseada em problemas, superação de desafios e abordagens práticas); Motivação para aprender (Consolidar satisfatoriamente competências que levem ao reconhecimento obtido e à autorrealização).
Os TDEs do curso de Nutrição são organizados considerando a aprendizagem por competências, o uso da plataforma Aula, Conecta e as ferramentas do Google for Education, as Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Graduação e a legislação educacional vigente, sendo registrados no Plano de Aprendizagem de cada componente curricular.
Avaliação
Na disciplina de Introdução à Nutrição e Ética, a avaliação da aprendizagem do aluno será expressa numericamente numa escala de zero (0) a dez (10) e será realizada ao longo do semestre letivo dividida em duas avaliações de grau:
Avaliação de Grau Um (G1), relativo aos saberes elaborados no primeiro bimestre letivo, que habilitam o aluno a aplicar e construir ou reconstruir conhecimentos, metodologias e processos.
Avaliação de Grau Dois (G2) relativo à totalidade dos saberes elaborados ao longo do semestre e ao desenvolvimento de competências que habilitam o aluno a utilizar, criativamente, as aprendizagens propostas pela disciplina.
A Média Parcial (MP) é o resultado da média ponderada entre G1, com peso um, e G2, com peso dois.
Serão aprovados os alunos que atingirem, no mínimo, 6,0 (seis) pontos na MP.
Os alunos que não atingirem 6,0 pontos na MP e atingirem, no mínimo, 75% de frequência poderão realizar a prova de Exame Final (EF). Nesse caso, a Média Final (MF) será o resultado da média ponderada entre Média Parcial (MP), com peso um, e Exame Final (EF), com peso dois.
Para os alunos que não realizarem a prova de Exame Final (EF) a Média Final (MF) será igual a Média Parcial (MP).
As pontuações máximas de Avaliação de Grau 1 (G1) e Avaliação de Grau (G2) será de 10 (pontos), compostas por 6,0 (seis) a 8,0 (oito) pontos de prova cumulativa individual (obrigatória),complementada por até 4,0 (quatro) pontos de atividades, individuais ou em grupo, realizadas por meio de instrumentos com aderência pedagógica.
Em suma:
G1 (10,0 pontos): 6,0 a 8,0 pontos na forma de prova escrita + 2,0 a 4,0 na forma de atividades;
G2 (10,0 pontos): 6,0 a 8,0 pontos na forma de prova escrita + 2,0 a 4,0 na forma de atividades;
MP = (G1 + 2 x G2)/3
Se aluno fizer EF:
MF = (MP + 2 x EF)/3
Se aluno não fizer EF:
MF = MP.
A disciplina terá as seguintes datas de avaliações:
G1- DIA – 30/09
G2 - DIA – 25/11
EF - DIA – 09/12
Bibliografia
Básica
MAHAN, L. K.; ESCOTT-STUMP, S. Krause: alimentos, nutrição & dietoterapia. 10. ed. São Paulo: Roca, 2002. 1157p.
DIAS, Reinaldo. Sociologia e ética profissional. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014. E-book. [Pearson]. Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/22111. Acesso em: 8 mar. 2023.
CONSELHO FEDERAL DE NUTRIÇÃO [CFN]. Resolução CFN nº 599, de 25 de fevereiro de 2018. Código de Ética e de Conduta do Nutricionista. Brasília, DF: CFN, 2018. Disponível em: https://www.cfn.org.br/index.php/biblioteca/codigo-de-etica-e-de-conduta-do-nutricionista/. Acesso em: 7 mar. 2023.
Complementar
ANTUNES, Maria Thereza Pompa. Ética. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2012. E-book. [Pearson]. Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/3535. Acesso em: 7 mar. 2023.
BOFF, Leonardo. Saber cuidar. Ética do humano – compaixão pela terra. Petrópolis, RJ: Vozes, 1999. E-book. [Pearson]. Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br/Acervo/Publicacao/149411. Acesso em: 8 mar. 2023.
RIBEIRO, Paulo César (ed.). Nutrição. São Paulo: Editora Atheneu, 2015. E-book. [Pearson]. Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/168097. Acesso em: 7 mar. 2023.
BELINI, Viviane. Introdução à profissão. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2016. E-book. [Pearson]. Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/129401. Acesso em: 7 mar. 2023.
TIRAPEGUI, Julio. Nutrição, fundamentos e aspectos atuais. 3. ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2013. E-book. [Pearson]. Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/173978. Acesso em: 7 mar. 2023.
Material Digital
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei n° 8.234 de 17 de setembro de 1991. Regulamenta a profissão de Nutricionista e determina outras providências. Brasília, DF, 1991. Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1989_1994/l8234.htm> Acesso em: 28 dez. 2022.
CONSELHO FEDERAL DE NUTRICIONISTAS. Define as atribuições principais e específicas dos nutricionistas, conforme área de atuação. Resolução CFN nº 600, de 25 de fevereiro de 2018. Brasília, DF: CFN, 2018. Disponível em: <http://www.cfn.org.br/wp-content/uploads/resolucoes/Res_600_2018.htm> Acesso em: 28 dez. 2022.
MINISTÉRIO DA SAÚDE (Brasil). Secretaria Nacional de Assistência à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Coordenação Geral da Política de Alimentação e Nutrição. Guia alimentar para a população brasileira: promovendo a alimentação saudável. Brasília, 2006. 210p. Disponível em: < https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_alimentar_populacao_brasileira_2ed.pdf > Acesso em: 28 dez. 2022.
DIÁRIO OFICIAL DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. Conselho Nacional de saúde. Dispõe sobre diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012. Brasília, DF, 13 jun. 2013. Disponível em: < https://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2012/Reso466.pdf > acesso em: 29 dez. 2022.