Pré-Clínica de Cirurgia Bucomaxilofacial

2024/2 - Turma 1603

Ementa

Estudo das técnicas anestésicas aplicadas à clínica odontológica. Anestésicos locais e fármacos empregados na anestesiologia. Demonstração de conhecimentos e habilidades para realização de técnicas cirúrgicas básicas, atividades realizadas em laboratório. Estudo da resposta tecidual às técnicas aplicadas.

Competências

Identificar situações clínicas e elaborar diferentes estratégias de resolução. Exercitar estas situações em diferentes níveis de complexidade para obter gradualmente recursos individuais

Objetivos

DA DISCIPLINA
3.1 GERAL: Dar condições ao aluno para realizar técnicas anestésicas e procedimentos cirúrgicos em Odontologia. Diagnosticar e tratar complicações relacionadas as técnicas anestésicas e cirúrgicas.
3.2 ESPECÍFICO(S):
Indicar as diferentes técnicas anestésicas a serem aplicadas;
Realizar as técnicas anestésicas locais em Odontologia;
Formular diagnóstico e definir condutas frente aos acidentes e complicações relacionados às técnicas anestésicas;
reconhecer e realizar a técnica cirúrgica básica;
reconhecer as indicações e contra-indicações das exodontias;
planejar, através de exames clínicos e radiológicos, uma exodontia;
aplicar as técnicas exodônticas e suturas;
conhecer as complicações e o tratamento específico;
conhecer o processo de cicatrização alveolar.

ABORDAGEM TEMÁTICA
Analgesia e bloqueio anestésico em odontologia;
Farmacologia aplicada à Anestesiologia -
      Farmacologia dos anestésicos locais
      Classificação dos anestésicos locais
      Farmacodinâmica e farmacocinética
Farmacologia dos vasoconstritores
      Farmacodinâmica e farmacocinética
      Seleção dos vasoconstritores
Técnicas cirúrgicas básicas:
as manobras de diérese, exérese, hemostasia e síntese e os respectivos instrumentais para suas execuções
Condutas em bloco cirúrgico e cuidados de biossegurança
Técnicas cirúrgicas para exodontias de dentes erupcionados e dentes retidos.

Programa

30/08 Apresentação do plano de ensino
ATC - Pacientes diabéticos e cardiopatas e os anestésicos locais - TDE – Correlacionar tipos de anestésicos e contraindicação de uso em pacientes diabéticos e cardiopatas – mesa redonda
ATC - Princípios de cirurgia em pacientes diabéticos – TDE – Descrever as indicações de se fazer uma exodontia em pacientes cardiopatas

06/08 - – ATC - Outras doenças sistêmicas e os anestésicos locais
ATC - Interações medicamentosas com anestésicos
TDE – correlação Anestésico/doença/contra indicação anestésica – Sala de aula invertida

13/08 ATC - Complicações locais e sistêmicas / calculo anestésico – TDE – Cada aluno fará um cálculo anestésico


20/08 ATC - Princípios da exodontia simples TDE - cada aluno apresenta sobre uma contra indicação de exodontia ATC - Avaliação do estado de saúde pré-operatório – TDE – Fazer uma anamnese completa com o colega
Revisão anatomia – atividade desenho face (Prática)

27/08 ATC - Farmacologia dos anestésicos locais, vasos e conservantes – TDE – Apresentar os principais vasoconstrictores
Antissepsia, Paramentação (Prática)

03/09 - ATC - Técnicas básicas de injeção, considerações anatômicas relacionadas à anestesiologia (analgesia e bloqueio anestésico em odontologia) TDE – trabalho escrito relacionando técnicas anestésicas com sucesso no processo anestésico
Prova prática G1 – 1 (antissepsia – paramentação) – Valor 2,0 ponto

10/09 Técnicas anestésicas da maxila (teórica)
Técnicas anestésicas da maxila(Prática)


17/09 Técnicas anestésicas da mandíbula (teórica)
Técnicas anestésicas da mandíbula (Prática)

24/09 Avaliação teórica G1 Valor 6,0 pontos
Prova prática G1 – 3 Técnicas anestésicas da maxila/mandíbula Valor 2,0 pontos

01/10 ATC – Glândulas salivares – TDE – Princípios da produção salivar – apresentação grupo
Treinamento de sutura I (Prática)

08/10 – ATC - Condutas em bloco cirúrgico e cuidados de biossegurança
ATC - Técnicas cirúrgicas para exodontias de dentes erupcionados e dentes retidos - TDE – Fazer esquema (desenho) das principais incisões orais
Treinamento de sutura II (Prática)


15/10 – ATC - Cirurgia pré-protética – TDE – cirurgia prè protética de tecido mole
sala de aula invertida
Montagem da mesa cirúrgica (Prática)

22/10 ATC - Cirurgia pré-protética – TDE – cirurgia pre protética de tecido duro - sala de aula invertida
Indicação - instrumental cirúrgico (Prática)
Prova prática G 2 – 1 – Montagem mesa cirúrgica – indicação instrumental Valor 2,0 pontos

29/10 ATC - Reparação das feridas – TDE – Descrever cada processo de reparação tecidual
Exodontia em manequim (prática)

05/11 Prática com mandíbula de boi (Prática)
12/11 – Cirurgias pré protéticas – tecido mole e duro (prática)

19/11 Avaliação G2 - Valor 6,0 pontos
Prova prática G2 – 2 (Técnica sutura) Valor 2,0 pontos
26/11 – Fios de sutura – Teórico-prático

03/12 – Prova teórica – AF Valor 10,0 pontos

Metodologia

A organização metodológica explicita um conjunto de intencionalidades e estratégias pedagógicas diferenciadas onde a sala de aula passa a ser um espaço privilegiado de discussões, marcado pela interação entre os seus protagonistas, professor e alunos. Pressupõe acolher a investigação como princípio pedagógico norteador, a dúvida como norte fomentador para a construção de uma aprendizagem significativa e transformadora e a mutualidade como princípio fundante deste processo.
Nesse ambiente educativo interativo, o docente tem o seu papel ressignificado como mediador, problematizador e pesquisador no sentido de gerar situações pedagógicas que possam estimular e provocar o aluno a se sentir sujeito e construtor de suas aprendizagens e de sua própria formação. O sujeito aprendente se reconhece no protagonismo do processo e se envolve no momento em que tece a crítica sobre a realidade e quando dá sentido aos conhecimentos prévios construídos e vivenciados nas práticas sociais. Aprender, portanto, é um processo reconstrutivo que permite o estabelecimento de diferentes tipos de relações, ressignificações e reconstruções com vistas a sua aplicabilidade transformadora em situações diversas.
Estas assertivas remetem à importância da seleção de estratégias de aprendizagem ativas pela relevância que atribuem ao processo de protagonismo de autogestão, de reflexão e de criticidade do acadêmico em formação.
Assim sendo, as estratégias metodológicas estão voltadas para a consecução dos objetivos pedagógicos definidos para a inovação e eficácia do processo de ensino e de aprendizagem. Visando à qualificação das práticas pedagógicas, poderão ser realizadas diversificadas estratégias ativas de aprendizagem em acordo com as intencionalidades acadêmicas, a saber: resolução de problemas, estudos de casos reais e/ou simulados, projetos de trabalho, exposição dialogada, portfólios/webfólios, visitas técnicas e pesquisas de campo, grupos de aprendizagem, seminários integradores, dinâmicas de grupo, mapas conceituais, ensaios argumentativos, estudos de textos e ensaios, narrativas, perguntas pedagógicas, júri simulado, Grupo de Verbalização e Grupo de Observação, maquetes, consultorias, cinefórum, pôsteres, diário de aula, gincanas, jogos, painéis, simulação de atuação profissional, debates, entrevistas, blogs, Tempestade Mental ou Chuva de Ideias (Brainstorming), Dramatização (Rôle Playing), dentre outras.
Cada encontro presencial passa a ser formado por um momento inicial de Aporte Teórico-metodológico de Competências (ATC) e o momento final de Trabalho Discente Efetivo (TDE), nas disciplinas categorizadas como: Teóricas (1.1), Teóricas Profissionalizantes (1.2), Teórico-práticas (2.1 / 2.2 / 2.3 / 2.5), Trabalho de Conclusão de Curso/Orientação Coletiva (6.1) e Curricularização da Extensão/Orientação de Campo (7.3).
Em articulação com o desenvolvimento do Aporte Teórico-metodológico de Competências (ATC), o Trabalho Discente Efetivo (TDE) qualifica o processo de aprendizagem na Educação Superior, pois o aluno, enquanto autogestor da sua aprendizagem, vivencia e valoriza os princípios de Necessidade de Saber (Compreender as razões da capacitação/Ter clareza de que precisa aprender); Autoconceito (Autonomia e autodireção da busca do conhecimento/Identificação de lacunas e busca pela solução, de forma independente); Experiências (As vivências como repositório de significados prévios e como modelo mental para enxergar e lidar com o mundo/ Potencialização da aprendizagem por a diversidade de experiências, bem conduzida, enriquece as discussões); Prontidão para aprender (Aprender para enfrentar situações relacionadas à vida/Vontade para compreender a realidade e, consequentemente, cumprir tarefas para o desenvolvimento e/ou transformação); Orientação para aprendizagem (Valorizar a aprendizagem para que essa seja capaz de resolver problemas de seu dia a dia/Aprendizagem de forma contextualizada, baseada em problemas, superação de desafios e abordagens práticas); Motivação para aprender (Consolidar satisfatoriamente competências que levem ao reconhecimento obtido e à autorrealização).
O Trabalho Discente Efetivo do curso de Odontologia é organizado considerando a aprendizagem por competências, o uso da plataforma Aula, Conecta e as ferramentas do Google for Education, as Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Graduação e a legislação educacional vigente, sendo registro no Plano de Aprendizagem de cada componente curricular no qual está incluído.

Avaliação

1. PROCESSO AVALIATIVO
O CEULP, ao fomentar práticas pedagógicas que otimizam o protagonismo e a autonomia acadêmica, compreende a avaliação como componente indissociável do processo ensino e aprendizagem ativo, dinâmico, processual e formativo. Nesta perspectiva, a avaliação é um processo de reflexão e de diálogo entre os envolvidos, assumindo um caráter interativo no qual as relações interpessoais e os projetos coletivos demarcam espaços de aprendizagem.
A avaliação da aprendizagem, portanto, consiste na mediação pedagógica que visa à formação integral do aluno através de um processo emancipatório que identifica o professor como um dinamizador da aprendizagem e o aluno como um auto gestor, partícipe do seu processo de construção do conhecimento.
As atividades propostas evidenciam o desenvolvimento de competências e estão estratificadas em três Blocos de Estudos (Bloco de Desenvolvimento 1, Bloco de Desenvolvimento 2 e Bloco de Sistematização), distribuídos ao longo do período (semestre), a partir de dois modelos de estrutura de avaliação de acordo com a categorização das unidades curriculares (disciplinas), conforme previsto na Resolução de CONSUN nº 50, de dezembro de 2016.
O componente curricular Pré-clínica de Cirurgia Bucomaxilofacial correspondente à categoria “biológicas”, segue o sistema a seguir:
Disciplinas Teóricas, Teóricas profissionalizantes, Teórico-práticas e Teórico-práticas em pacientes
  A proposta pedagógica a ser trabalhada nas unidades curriculares (disciplinas) será desenvolvida através dos Blocos de Desenvolvimento 1 e 2, sendo que cada um está atrelado a uma Atividade Avaliativa Parcial (AP).
Os Blocos de Desenvolvimento trabalham as competências a partir de níveis de complexidade, de acordo com as especificidades curriculares. As Atividades Parciais visam ao acompanhamento do desempenho da construção progressiva da aprendizagem e ocorrem ao longo do período (semestre).
A culminância do processo pedagógico desenvolvido no semestre é realizada no Bloco de Sistematização. A verificação das competências construídas nesse período é realizada através da Avaliação Semestral (AS) cumulativa e sem consulta.
A Pontuação do Semestre (PS), que representa a expressão dos resultados da avaliação da aprendizagem, dar-se-á na soma da pontuação obtida nas Atividades Parciais (AP) com os pontos obtidos na Atividade Semestral (AS) e totalizará 10 (dez) pontos e, para obter aprovação, o aluno deverá alcançar, no mínimo, 6 (seis) pontos.
De acordo com o Calendário Institucional, será realizada a Avaliação Final (AF) de caráter individual, cumulativa, sem consulta, com vistas a oportunizar uma nova atividade avaliativa na verificação do desenvolvimento das competências previstas na Unidade Curricular. A Avaliação Final (AF) terá a valoração máxima de 10 (dez) pontos e, para aprovação, o aluno deverá obter, no mínimo, 6 (seis) pontos.
Podem participar da Avaliação Final (AF) os acadêmicos com frequência mínima legal e que:
a)            obtiveram MENOS de 6 (seis) pontos na Pontuação Semestral (PS) e que tenham realizado a Avaliação Semestral (AS);
b)            obtiveram pontuação ACIMA de 6(seis) pontos na Pontuação Semestral (PS) com vistas a obter um melhor desempenho como expressão de sua avaliação da aprendizagem.

A DISCIPLINA TERÁ AVALIAÇÃO:
Avaliação pratica AP 1 – 1 NO VALOR DE 1,5 PONTOS
Avaliação pratica AP 1 – 2 NO VALOR DE 1,5 PONTOS
A nota final de AP 1 Prática será a soma AP1-1 + AP1-2 dividido por 2

Avaliação pratica AP 2 – 1 NO VALOR DE 1,5 PONTOS
Avaliação pratica AP 2 – 2 NO VALOR DE 1,5 PONTOS
A nota final de AP 2 Prática será a soma AP2-1 + AP2-2 dividido por 2

Avaliação teórica AP 1 valera 1,5 pontos e AP2 - 2.5 pontos - A avaliação AP 1 e AP 2 Teórica serão desenvolvida envolvendo o conteúdo cumulativo até a data da mesma, questões objetivas e discursivas serão elaboradas em busca do entendimento completo da disciplina pelo acadêmico.

AS teóricas – 6,0 PONTOS = A avaliação AS será desenvolvida envolvendo o conteúdo cumulativo até a data da mesma, questões objetivas e discursivas serão elaboradas em busca do entendimento completo da disciplina pelo acadêmico.
AS Pratica com valor de 6,0 pontos - Assepsia das mãos, paramentação e montagem mesa cirúrgica

AF – NO VALOR DE 10 PONTOS = A avaliação AF será desenvolvida envolvendo o conteúdo cumulativo até a data da mesma, questões objetivas e discursivas serão elaboradas em busca do entendimento completo da disciplina pelo acadêmico.
OBS.: TODAS AS AVALIAÇÕES TEÓRICAS SE DARÃO DE FORMA PRESENCIAL

Bibliografia

Básica

HUPP, J. R.; ELLIS III, E.; TUCKER, M.R. . Cirurgia Oral e Maxilofacial Contemporânea. 6a ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 692 p. 2015.

PRADO, R.; SALIM, M.A.A. . Cirurgia bucomaxilofacial: Diagnóstico e Tratamento. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 546 p. 2013.

MADEIRA, M. C.; RIZZOLO, R.J.C.. Anatomia da Face: Bases Anatomo-Funcionais para a Prática Odontológica. São Paulo: Sarvier, 244 p. 2012.

GUYTON, A. C. Tratado de fisiologia médica. 11 Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.

MALAMED, S.F.. Manual de Anestesia Local. 6a ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 410 p. 2013.

Complementar

ANDRADE, ED et al. Farmacologia, Anestesiologia e Terapêutica em Odontologia. Artes Médicas, 2013.

FUCHS, F. D.; WANNMACHER, L.; FERREIRA, M. B. C. Farmacologia clínica. Fundamentos da terapêutica racional. 3 Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.

HUPP, JR; ELLIS, E; TUCKER, MR. Cirurgia Oral e Maxilofacial Contemporânea. Mosby, 2014.

KATZUNG, B. G. Farmacologia Básica & Clínica. 9 Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.

PRADO, R; SALIM, M; SOUZA, BB. Anestesiologia Local e Geral na Prática Odontológica. Ed Rubio, 2014.

ANDRADE, E.D. de. Terapêutica Medicamentosa em Odontologia: procedimentos clínicos e uso de medicamentos nas principais situações da prática odontológica. 3a ed. São Paulo: Artes médicas; 238 p. 2014.

LINDHE, J.; KARRING, T.; LANG, N. P.. Tratado de Periodontia Clínica e Implantologia Oral. 5a ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 1304 p. 2016.

YAGIELA J.A. e cols. Farmacologia e Terapêutica para Dentistas. 6ªed. Rio de Janeiro: ELSEVIER; 960 p. 2011.

DA SILVA, S. R. E. P.; DE ANDRADE, A. P. R. C. B.; COSTA; F. P.; CUNHA, R. S.; POLITANO, G. T.; PINHEIRO, S. L.; IMPARATO, J. C. P..  Avaliação da técnica anestésica local utilizada por alunos de graduação em odontologia. ConScientiae Saúde, 2010, Vol.9(3), p.469. Disponível em: www.periodicos.capes.gov.br

Material Digital

Informações da Turma
Curso
Odontologia
Período: 3
Carga Horária: 76h
Horário: 3M
Sala: 211