Saúde da Criança e do Adolescente
2024/2 - Turma 1214
Ementa
Proporciona ao educando subsídios para planejar, implementar e avaliar o Processo de Enfermagem na assistência ao escolar e adolescente e suas famílias, nas diversas etapas do desenvolvimento diante do processo saúde-doença assim como, capacita o futuro enfermeiro a implementar intervenções que promovam o desenvolvimento máximo das potencialidades para o crescimento e desenvolvimento infantil.
Competências
- Praticar ações de enfermagem nos diferentes cenários da prática profissional, por meio do processo de enfermagem, da sistematização da assistência e de um sistema de classificação/taxonomia enquanto tecnologia do processo de enfermagem, com foco no cuidado da criança e do adolescente ;
- Utilizar, desenvolver e validar tecnologias que melhoram as práticas do cuidar em enfermagem.
- Reconhecer a saúde como direito, atuando de forma a promover condições dignas de vida e garantir a integralidade do cuidado de enfermagem, entendido como conjunto de ações articuladas e contínuas do serviço.
- Compreender todas as fases do crescimento e desenvolvimento infantil desde o lactente ao adolescente, identificando as particularidades e necessidades em cada fase, bem como conhecer as patologias mais frequentes em cada faixa etária, possibilitando uma assistência de enfermagem efetiva e de qualidade.
- Atuar no processo de busca pela valorização da profissão, participando ativamente das organizações políticas, culturais e científicas da Enfermagem e demais setores da sociedade.
- Desenvolver o processo de enfermagem como orientador do cuidado humano, sustentado no raciocínio clínico.
- Desenvolver a prática baseada em evidência e a teoria crítica como dispositivos importantes no desenvolvimento da investigação/pesquisa em enfermagem e saúde, por meio de um projeto de intervenção.
- Realizar análise crítica de diferentes fontes, métodos e resultados, com vistas a avaliar evidências e boas práticas de cuidado de enfermagem e saúde, gestão e gerenciamento e educação em enfermagem e saúde.
Objetivos
Reconhecer aspectos fisiológicos e patológicos da criança e propor intervençõs de enfermagem seguras e com princípios científicos,
Desenvolver um projeto de intervenção a partir de um problema real na área da criança ou adolescente
Identificar as diversas vacinas do PNI e reconhecer o papel do enfermeiro na imunização.
Programa
- Programa Nacional da Saúde da Criança e Adolescente
- Estatuto da Criança e do Adolescente/ Lei Nº 8.069 13 DE JULHO DE 1990 (ECA)
- Crescimento e Desenvolvimento Infantil/Puericultura
-- Imunização
-Nutrição Infantil- aleitamento materno e alimentação < de 2 anos
- Doenças Prevalentes na Infância- anemia, pneumonia, diarreia, verminose, otite/amigdalite
- O lúdico como instrumento de humanização da assistência prestada : ferramentas e técnicas a utilizar pelo enfermeiro;
-- Promoção da saúde na adolescência
- Distúrbios alimentares na adolescência- bulimia, anorexia, obesidade
Metodologia
A organização metodológica explicita um conjunto intencionalidades e estratégias pedagógicas diferenciadas onde a sala de aula passa a ser um espaço privilegiado de discussões, marcado pela interação entre os seus protagonistas, professor e alunos. Pressupõe acolher a investigação como princípio pedagógico norteador, a dúvida como mote fomentador para a construção de uma aprendizagem significativa e transformadora e a mutualidade como princípio fundante deste processo.
Nesse ambiente educativo interativo, o docente tem o seu papel ressignificado como mediador, problematizador e pesquisador no sentido de gerar situações pedagógicas que possam estimular e provocar o aluno a se sentir sujeito e construtor de suas aprendizagens e de sua própria formação. O sujeito aprendente se reconhece no protagonismo do processo e se envolve no momento em que tece a crítica sobre a realidade e quando dá sentido aos conhecimentos prévios construídos e vivenciados nas práticas sociais. Aprender, portanto, é um processo reconstrutivo que permite o estabelecimento de diferentes tipos de relações, ressignificações e reconstruções com vistas a sua aplicabilidade transformadora em situações diversas.
Estas assertivas remetem à importância da seleção de estratégias de aprendizagem ativas pela relevância que atribuem ao processo de protagonismo de autogestão, de reflexão e de criticidade do acadêmico em formação.
Assim sendo, as estratégias metodológicas estão voltadas para a consecução dos objetivos pedagógicos definidos para a inovação e eficácia do processo de ensino e de aprendizagem. Visando à qualificação das práticas pedagógicas, poderão ser realizadas diversificadas estratégias ativas de aprendizagem em acordo com as intencionalidades acadêmicas, a saber: resolução de problemas, estudos de casos reais e/ou simulados, projetos de trabalho, exposição dialogada, portfólios/webfólios, visitas técnicas e pesquisas de campo, grupos de aprendizagem, seminários integradores, dinâmicas de grupo, mapas conceituais, ensaios argumentativos, estudos de textos e ensaios, narrativas, perguntas pedagógicas, júri simulado, Grupo de Verbalização e Grupo de Observação, maquetes, consultorias, cinefórum, pôsteres, diário de aula, gincanas, jogos, painéis, simulação de atuação profissional, debates, entrevistas, blogs, Tempestade Mental ou Chuva de Ideias (Brainstorming), Dramatização (Rôle Playing), dentre outras. Cada encontro presencial passa a ser formado por um momento inicial de Aporte Teórico-metodológico de Competências (ATC) e o momento final de Trabalho Discente Efetivo (TDE), nas disciplinas categorizadas como: Teóricas (1.1), Teóricas Profissionalizantes (1.2), Teórico-práticas (2.1 / 2.2 / 2.3 / 2.5), Teórico-práticas em pacientes (3.1 / 3.2 / 3.3), Trabalho de Conclusão de Curso/Orientação Coletiva (6.1) e Curricularização da Extensão/Orientação de Campo (7.3).
Em articulação com o desenvolvimento do Aporte Teórico-metodológico de Competências (ATC), o Trabalho Discente Efetivo (TDE) qualifica o processo de aprendizagem na Educação Superior, pois o aluno, enquanto autogestor da sua aprendizagem, vivencia e valoriza os princípios de Necessidade de Saber (Compreender as razões da capacitação/Ter clareza de que precisa aprender); Autoconceito (Autonomia e autodireção da busca do conhecimento/Identificação de lacunas e busca pela solução, de forma independente); Experiências (As vivências como repositório de significados prévios e como modelo mental para enxergar e lidar com o mundo/ Potencialização da aprendizagem por a diversidade de experiências, bem conduzida, enriquece as discussões); Prontidão para aprender (Aprender para enfrentar situações relacionadas à vida/Vontade para compreender a realidade e, consequentemente, cumprir tarefas para o desenvolvimento e/ou transformação); Orientação para aprendizagem (Valorizar a aprendizagem para que essa seja capaz de resolver problemas de seu dia a dia/Aprendizagem de forma contextualizada, baseada em problemas, superação de desafios e abordagens práticas); Motivação para aprender (Consolidar satisfatoriamente competências que levem ao reconhecimento obtido e à autorrealização).
O Trabalho Discente Efetivo do curso de enfermagem é organizado considerando a aprendizagem por competências, o uso da plataforma Aula e as ferramentas do Google for Education, as Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Graduação e a legislação educacional vigente, sendo registro no Plano de Aprendizagem de cada componente curricular no qual está incluído.
Avaliação
A ULBRA, ao fomentar práticas pedagógicas que otimizam o protagonismo e a autonomia acadêmica, compreende a avaliação como componente indissociável do processo ensino e aprendizagem ativo, dinâmico, processual e formativo. Nesta perspectiva, a avaliação é um processo de reflexão e de diálogo entre os envolvidos, assumindo um caráter interativo no qual as relações interpessoais e os projetos coletivos demarcam espaços de aprendizagem.
A avaliação da aprendizagem, portanto, consiste na mediação pedagógica que visa à formação integral do aluno através de um processo emancipatório que identifica o professor como um dinamizador da aprendizagem e o aluno como um auto gestor, partícipe do seu processo de construção do conhecimento.
As atividades propostas evidenciam o desenvolvimento de competências e estão estratificadas em três Blocos de Estudos (Bloco de Desenvolvimento 1, Bloco de Desenvolvimento 2 e Bloco de Sistematização), distribuídos ao longo do período (semestre), a partir de dois modelos de estrutura de avaliação de acordo com a categorização das unidades curriculares (disciplinas), conforme previsto na Resolução de CONSEPE 891/ 25/10/2023.
O componente curricular Fundamentos do Cuidado Humano III, correspondente à categoria 3.1, teórico prática em pacientes, segue o sistema a seguir:
A Disciplinas Teóricas, Teóricas profissionalizantes, Teórico-práticas e Teórico-práticas em pacientes
A proposta pedagógica a ser trabalhada nas unidades curriculares (disciplinas) será desenvolvida através dos Blocos de Desenvolvimento 1 e 2, sendo que cada um está atrelado a uma Atividade Avaliativa Parcial (AP).
Os Blocos de Desenvolvimento trabalham as competências a partir de níveis de complexidade, de acordo com as especificidades curriculares. As Atividades Parciais visam ao acompanhamento do desempenho da construção progressiva da aprendizagem e ocorrem ao longo do período (semestre).
disciplina teórico prática serão constituídas de avaliação teórica e prática.
A avaliação teórica com pontuação 8 ( oito) pontos e avaliação grupo 2 ( dois) pontos.
A avaliação teórica grau um (G1) terá o valor de 8 (oito) pontos e 2 ( dois ) ponto de trabalhos avaliativos em grupo.
A avaliação de grau dois (G2) terá peso dois, terá o valor de 8 (oito) pontos e 2 ( dois ) pontos de trabalho avaliativo.
Para aprovação da disciplina o aluno terá eu atingir no mínimo 6,0( seis ) pontos na média parcial ( MP).
MP = G1 + ( G2x2) /3
Exemplo : 6 + ( 6x2)/3
6+ 12/3 = 6
A avaliação G2 é uma avaliação cumulativa ( obrigatória) individual realizada na data do calendário acadêmico.
Os alunos que não atingirem MP 6 ( seis) e tiverem no mínimo 75% de frequência poderão fazer o exame final ( EF) , tanto da parte prática , quanto teórica.
Nesse caso o EF será o resultado da média ponderada (MP) com peso um e EF com peso dois. Calculada da seguinte forma:
Média Final (MF): MP + ( EF x2)/3
Bibliografia
Básica
HOCKENBERRY, M.J. Wong. Fundamentos de Enfermagem Pediátrica. 7 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. 1344 p
Brasil. Ministério da Saúde. Manual Aidpi Criança: 2 meses a 5 anos [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Organização Pan-Americana da Saúde, Fundo das Nações Unidas para a Infância. – Brasília: Ministério da Saúde, 2017. 243 p.
Brasil. Ministério da Saúde. Manual de quadros de procedimentos : Aidpi Criança : 2 meses a 5 anos / Ministério da Saúde, Organização Pan-Americana da Saúde, Fundo das Nações Unidas para a Infância. – Brasília : Ministério da Saúde, 2017. 74 p.
Complementar
BRASIL, Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei Nº 8.069 13 DE JULHO DE 1990.
BRASIL. Ministério da Saúde. Notificação de maus-tratos contra crianças e adolescentes pelos profissionais de saúde: um passo a mais na cidadania em saúde. Brasília: Ministério da Saúde; v. 167
BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política nacional de alimentação e nutrição / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica – 2. ed. rev. – Brasília: Ministério da Saúde, 2007.48 p. – (Série B. Textos Básicos de Saúde).
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Manual de Normas e Procedimentos para Vacinação / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. – Brasília : Ministério da Saúde, 2014. 176 p
Material Digital
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