O crescimento expressivo da caprinocultura tem transformado o cenário dos sistemas reprodutivos e a aplicação de tecnologias de reprodução assistida possibilita o incremento do desempenho do melhoramento genético. Algumas dessas técnicas, como a aspiração de oócitos e a transferência de embriões, requerem a utilização de um procedimento anestésico. Diversas técnicas podem ser utilizadas para anestesia e contenção de caprinos e ovinos, porém o manejo anestésico de caprinos é usualmente associado a uma série de complicações, em função das particularidades anatomo-fisiológicas das espécies. Na maioria dos protocolos se observa utilização de fármacos alfa-2, associados a benzodiazepínicos e anestesia dissociativa, podendo estar presente também técnicas locorregionais. Cabras e ovelhas podem apresentar diminuições agudas da oxigenação arterial após a administração de um α2-agonista e as cabras parecem ser mais sensíveis que as ovelhas aos efeitos cardiovasculares centralmente mediados pela dexmedetomidina. Com utilização de associação farmacológica (anestesia balanceada) para manutenção dos animais durante o procedimento e consequentemente doses reduzidas do alfa-2, espera-se redução dos efeitos adversos relacionados ao sistema cardiovascular e respiratório assim como uma melhor estabilidade hemodinâmica obtida pelo uso da anestesia total intravenosa (utilização somente de fármacos injetáveis) dos animais submetidos a laparoscopia.

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