Autor(es): Débora do Nascimento Regis

Palavras-chave: Triagem fitoquímica, sálvia, plantas medicinais

Defendido/Publicado em: 2015-07-01

Orientador(a): Grace Priscila Pelissari Setti

Curso: Farmácia


A população em geral utiliza plantas medicinais, em virtude do baixo custo, facilidade de acesso e confiabilidade estabelecida pelas tradições populares, fatos comprovados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Salvia officinalis é uma planta pertencente à família Laminaceae, conhecida no Brasil como sálvia, salva, erva-sagrada, dentre outros. É originária do sul europeu, possui diversas atividades farmacológicas e é comumente utilizada pela população devido suas atividades digestiva, cicatrizante e antimicrobiana. Logo, este estudo visa avaliar a qualidade das amostras de Salvia officinalis adquiridas no município de Palmas – TO. Os testes físicos e químicos foram realizados de acordo com as metodologias de Costa (2002), Farmacopéia Brasileira (2010) e Mello e Petrovick (2000). Para a análise de embalagens e de laudo foram utilizados os critérios estabelecidos pela RDC 10/10 e por Cardoso (2009) respectivamente. Os limites utilizados para interpretação dos resultados de elementos estranhos e umidade foram os limites gerais, descritos por Farias (2010), para cinzas totais foi utilizado o limite específico para a espécie segundo a Farmacopéia Britânica (1996). Os resultados da triagem fitoquímica foram confrontados com os estudos químicos da espécie descritos na literatura científica e os demais testes foram realizados para caracterização das amostras analisadas, tais como o pH, densidade aparente não compactada e teor de extrativos. A amostra A foi aprovada nos testes de cinzas totais e teor de umidade, e reprovada no teor de elementos estranhos, análise de embalagem e não continha laudo. As amostras B e C não puderam ser avaliadas quanto ao teor de elementos estranhos visto terem sido adquiridas pulverizadas. A amostra B está reprovada no teor de umidade visto estar abaixo do indicado, sua embalagem não apresenta qualquer informação sobre o conteúdo o que é bastante preocupante e torna sua utilização insegura, também não possui laudo. A amostra C foi aprovada quanto ao teor de umidade e reprovada no teor de cinzas totais. Com a análise do laudo e da embalagem da amostra C foi possível perceber que estão ausentes as informações necessárias para uma utilização segura por parte da população, também mostrando a ineficácia de fiscalização. Na triagem fitoquímica detectou-se a presença de alcaloides, antraquinonas e flavonoides nas três amostras e taninos foram encontrados apenas na amostra C. Este resultado está em desacordo com a literatura, que não menciona alcaloides como componentes químicos da sálvia. Portanto nenhuma das amostras de Salvia officinalis comercializadas no município de Palmas - TO foi aprovada.


Como citar

REGIS, D.N. Controle de qualidade de amostras comerciais da espécie Salvia officinalis adquiridas no município de Palmas - TO. 2015. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Farmácia). Centro Universitário Luterano de Palmas, Palmas, Tocantins, 2015. Disponível em: <http://ulbra-to.br/bibliotecadigital/publico/home/documento/103>. Acesso em: 01 maio. 2024

Banca (avaliadores)

  • Grace Priscila Pelissari Setti (Presidente)
  • Juliane Farinelli Panontin
  • Marta Cristina de Menezes Pavlak

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