Autor(es): NEILA JANNE APARECIDA DA CRUZ
Palavras-chave: Luto Antecipatório, Perdas Repentinas, Gestalt-terapia, Relações familiares
Defendido/Publicado em: 2017-12-14
Orientador(a): Rosângela Veloso de Freitas Morbeck
Curso: Psicologia
Na contemporaneidade falar de morte e luto torna-se um desafio, as pessoas pouco têm se dedicado nela pensar ou falar e, se tratando de um acontecimento inelutável, torna-se imprescindível levantar reflexões, tornando os sujeitos conscientes e ativos no seu processo de viver e morrer. O presente estudo tem como objetivo geral verificar como o sujeito vivencia a iminência da própria morte e como são as experiências dos familiares diante de perdas repentinas e de morte pré-anunciadas. Tendo como objetivos específicos: conhecer os sentidos atribuídos à morte no decorrer da história e como as pessoas lidam com a finitude da vida; descrever a morte como um fenômeno existencial; compreender os sentimentos das pessoas no luto antecipatório; conhecer os sentimentos vividos pelos familiares diante de perdas súbitas; apresentar forma terapêutica de intervenção com o enlutado no processo psicoterapêutico à luz da Gestalt-terapia. Trata-se de uma revisão de literatura integrativa, natureza mista, com objetivo exploratório e procedimento bibliográfico. Realizou-se uma revisão teórica abordando os temas, como: o processo histórico e significado da morte, visão existencial da morte, concepções do luto antecipatório para o paciente e familiar, a família diante de perda repentina e as intervenções psicológicas aos enlutados com base na Gestalt-terapia. Os resultados apontaram que o sujeito ao sentir a presença da morte sente dor e pode vivenciar conflitos, no entanto, possui pontos positivos, como a oportunidade de repensar a vida, possibilitando um crescimento tanto a nível individual como social. Já para os familiares, esses são emersos de sentimentos, como a culpa, negação, raiva, impotência, mas há situações que usam esse momento para resoluções de situações inacabadas. Já nas perdas súbitas, o familiar no primeiro instante depara com sentimento de irrealidade, mas o suporte social torna-se favorável para diluição dos sentimentos e no processo de elaboração do luto. No processo psicoterapêutico as contribuições da Gestalt-terapia proporcionam possibilidades ao sujeito de perceber formas de enfrentar a realidade da perda, por meio de uma escuta ativa, atenção e cuidado, sem pressionar o sujeito, mas deixando-o expressar seus sentimentos.
CRUZ, N. J. A. AS EXPERIÊNCIAS DOS SUJEITOS DIANTE DO PROCESSO DE MORTE E MORRER: uma revisão de literatura integrativa. 2017. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Psicologia). Centro Universitário Luterano de Palmas, Palmas, Tocantins, 2017. Disponível em: <http://ulbra-to.br/bibliotecadigital/publico/home/documento/1153>. Acesso em: 23 dez. 2024