Autor(es): ALESSANDRA CARDOSO PEREIRA
Palavras-chave: interação medicamentosa, Unidade de Terapia Intensiva, farmácia clínica
Defendido/Publicado em: 2014-12-02
Orientador(a): Áurea Welter
Curso: Farmácia
Na prática clínica é comum a prescrição simultânea de vários medicamentos com o objetivo de tratar doenças concomitantes e melhorar a eficácia terapêutica. Essa prática é ainda mais comum em Unidades de Terapia Intensiva, em que normalmente, os pacientes se encontram em estado crítico, com diversas disfunções orgânicas, o que resulta em prescrições com múltiplos medicamentos, favorecendo com isso, o surgimento de interações medicamentosas, que podem resultar em efeitos nocivos aos pacientes. Desta forma, este trabalho teve como objetivo avaliar as prescrições médicas do mês de junho de 2014 de pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva adulto do Hospital Geral Público de Palmas – TO, quanto a presença de interações medicamentosas não desejadas. Para tanto, foi utilizada a base de dados DrugsReax® System do Micromedex, que classifica as interações quanto à gravidade. Foram avaliadas prescrições de 23 pacientes em dois tempos da internação (24 e 120 horas) e observou-se que após 24 horas, 21 (91,3%) pacientes apresentaram interações não desejadas, com um total de 91 interações e média de 4,3 interações por paciente; já após 120 horas todos os 23 pacientes apresentaram interações não desejadas, com um total de 129 interações, e média de 5,6 interações por paciente. As interações mais frequentes foram as classificadas como moderadas, nos dois tempos de internação avaliados, seguido pelas classificadas como importantes clinicamente. A combinação de fentanil e midazolam foi a interação mais frequente nos dois tempos de internação. Não observou-se associação estatisticamente significativa entre e o sexo e a faixa etária com o desenvolvimento de interações medicamentosas. Já em relação ao número de medicamentos prescritos, percebeu-se uma associação estatística significativa, pois conforme aumentou o número de medicamentos observou-se também um aumento no número de pacientes com interações medicamentosas. O presente trabalho confirmou a elevada frequência de interações medicamentosas potencias não desejadas em prescrições médicas da UTI, e com isso demonstra a relevância da participação do farmacêutico clínico na equipe interdisciplinar contribuindo com na prevenção, identificação e monitorização das interações medicamentosas.
PEREIRA, A. C. Avaliação de interações medicamentosas potenciais não desejadas em prescrições médicas da UTI adulto do Hospital Geral Público de Palmas- Palmas/TO. 2014. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Farmácia). Centro Universitário Luterano de Palmas, Palmas, Tocantins, 2014. Disponível em: <http://ulbra-to.br/bibliotecadigital/publico/home/documento/120>. Acesso em: 13 nov. 2024