Autor(es): KEDMA MARIA CARNEIRO

Palavras-chave: estabilidade, corantes, extração

Defendido/Publicado em: 2014-12-02

Orientador(a): Isis Prado Meirelles de Castro

Curso: Farmácia


As antocianinas são corantes naturais responsáveis pela coloração vermelha de frutos, flores e vegetais, que desempenham um papel importante na indústria de alimentos, cosmética e farmacêutica, pois os mesmos podem ser utilizados para substituir os corantes artificiais, além disso, podem ser considerados compostos bioativos devido sua atividade antioxidante, o qual permite sua aplicação como conservante de diversos produtos sem amônia e prevenção de doenças crônicas desencadeadas pelo estresse oxidativo. O presente trabalho objetivou extrair antocianinas totais da pimenta malagueta e verificar o potencial antioxidante desses compostos bioativos. Os frutos da pimenta malagueta foram adquiridos na cidade de Palmas- TO, e após o processamento, foram extraídas as antocianinas totais verificando-se a atividade antioxidante e a estabilidade da solução extrativa a partir das metodologias descritas por Fuleki e Francis (1968) e adaptado por Cruz (2008), Rafael et al.,(2008) e Barbacena (2010), respectivamente. O experimento foi realizado em delineamento fatorial (2x2x3), sendo utilizado dois ácidos (cítrico e clorídrico) e quatro diferentes valores de pH. As soluções extrativas acidificadas com etanol/HCl 0,01 M (pH 1, 08) e 0,0003 M (pH 2,94) extraiu 291,79 mg/100g e 408,21 mg/100g de antocianinas, respectivamente, enquanto que a primeira solução apresentou a maior atividade antioxidante (75,87%) e a segunda solução apresentou a menor atividade antioxidante (20,23%). Em relação a solução extrativa acidificada com ácido cítrico, pH 1,23 e pH 2,76, a concentração inicial da extração de antocianinas totais foi de159,43 mg/100g e 160,93 mg/100g, respectivamente e a atividade antioxidante apresentou o percentual de inibição do radical livre (DPPH) de 42,41% e 33,85%, respectivamente, ou seja, apresentou capacidade reduzida em extrair antocianinas e baixa atividade antioxidante comparado com a solução extraída com ácido clorídrico em ambos pHs. Em relação à estabilidade das antocianinas totais em solução pode-se verificar que, independente do ácido e pH utilizados durante a extração, as soluções contendo antocianinas apresentaram o mesmo decaimento, sendo estáveis apenas no tempo 0h após análise, enquanto que o perfil de estabilidade da atividade antioxidante apresentou-se semelhante nas soluções extrativas acidificadas com ácido cítrico (em ambos pHs) e etanol HCl 0,01 M, sendo estável até o tempo de 2h após a análise, porém a solução extrativa acidificada com etanol/HCl 0,0003 M permaneceu estável por menor tempo, 1h após a análise inicial da atividade antioxidante. O resultado da análise de correlação entre as variáveis foi negativo (r = - 0,2340), ou seja, os corantes antociânicos contidos na solução extrativa da pimenta não contribuem integralmente na atividade antioxidante das soluções extrativas analisadas. Sendo assim, verificou-se que o uso das antocianinas totais como corantes de origem natural é limitado devido à baixa estabilidade.


Como citar

CARNEIRO, K. M. Estabilidade e atividade antioxidante de antocianinas extraídas do fruto da pimenta malagueta (Capsicum frutescens L.). 2014. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Farmácia). Centro Universitário Luterano de Palmas, Palmas, Tocantins, 2014. Disponível em: <http://ulbra-to.br/bibliotecadigital/publico/home/documento/126>. Acesso em: 03 jul. 2024

Banca (avaliadores)

  • Isis Prado Meirelles de Castro (Presidente)
  • Elisângela Luiza Vieira Lopes Bassani dos Santos
  • Juliane Farinelli Panontin

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