Autor(es): ANTONIELLE FERREIRA BORGES

Palavras-chave: Triagem fitoquímica, embalagem, laudos, Glycyrrhiza glabra, Periandra dulcis

Defendido/Publicado em: 2015-11-30

Orientador(a): Grace Priscila Pelissari Setti

Curso: Farmácia


A utilização de plantas de fins medicinais é relatada por várias literaturas, assim como o uso de forma inadequada, a falta de informação e a comercialização irregular, o que gerou a necessidade da criação de legislações, com finalidade de se ter um controle desde o cultivo até a embalagem que chega ao consumidor. Entre essas plantas medicinais, encontra-se o alcaçuz, que pode ser do gênero da Glycyrrhiza ou Periandra, ambos com diversas atividades farmacológicas, sendo as principais a ação anti-inflamatória e expectorante. Logo, o estudo realizado visa avaliar a qualidade das amostras de alcaçuz das espécies Glycyrrhiza glabra adquirida em farmácia de manipulação, sendo a amostra C e a Periandra dulcis adquiridas em ervanarias, sendo as amostras A e B, comercializadas no município de Palmas – TO, através de testes físicos e químicos, análise das informações contidas nas embalagens e no laudo. Observou-se que os teores de elementos estranhos das três amostras encontravam-se dentro dos limites gerais, descritos por Farias (2010). Quanto ao teor de cinzas totais todas as amostras apresentaram excesso o que indica adulteração. Em relação à umidade, apenas a amostra B apresentou umidade abaixo do permitido, indicando assim que a secagem foi realizada de forma inadequada. A triagem fitoquímica indicou uma variabilidade química entre as amostras, o que era de se esperar entre as amostras de espécies diferentes, mas não entre as amostras A e B que correspondiam à mesma espécie. Essa diferença química entre as amostras nos permite afirmar que os efeitos medicinais podem variar caso o indivíduo adquira a droga vegetal pelo nome popular, pois pode utilizar espécies distintas do ponto de vista químico e consequentemente farmacológico. Além da diferença química os resultados encontrados estavam em desacordo com a literatura, que não menciona a presença de alcalóides e antraquinonas livres como componentes químicos de nenhuma das espécies estudadas. Os demais testes foram realizados para caracterização das amostras analisadas, tais como o pH, densidade aparente não compactada e teor de extrativos, sendo este nenhum atendeu aos limites esperados. Os resultados obtidos na análise das embalagens e nos laudos foram comparados com os critérios exigidos pela RDC 10/10 e por Cardoso (2009), respectivamente, sendo que nenhuma das amostras foi aprovada nestes dois quesitos. Portanto, nenhumas das amostras estudadas, comercializadas em Palmas – TO pode ser considerada como aprovada.


Como citar

BORGES, A. F. Controle de qualidade de amostras de alcaçuz comercializadas no município de Palmas - TO. 2015. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Farmácia). Centro Universitário Luterano de Palmas, Palmas, Tocantins, 2015. Disponível em: <http://ulbra-to.br/bibliotecadigital/publico/home/documento/174>. Acesso em: 01 maio. 2024

Banca (avaliadores)

  • Isis Prado Meirelles de Castro (Presidente)
  • Walkíria Régis de Medeiros

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