Autor(es): MARIA APARECIDA BORGES DA COSTA E SILVA

Palavras-chave: Internet, adolescentes, Autolesão, Ideação Suicida

Defendido/Publicado em: 2020-07-09

Orientador(a): Ruth do Prado Cabral

Curso: Psicologia


Os comportamentos autolesivos associados ou não a ideação suicida, representam um fenômeno de grande relevância e consideráveis implicações na adolescência. Com este estudo buscou-se identificar fatores desencadeantes de comportamentos autolesivos e de ideação
suicida entre adolescentes. Bem como as interpretações mais recorrentes sobre a conduta autolesiva e de ideação e inserir a realidade que se apresenta com o acesso irrestrito à internet. Trata-se de um estudo com abordagem qualitativa de revisão integrativa. Para a pesquisa utilizou-se os descritores, autolesão e ideação suicida nas bases de dados: Biblioteca Virtual de Psicologia (Bvs-psi), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Biblioteca Scientific Eletronic Library Online (SciELO). Após a análise, foram selecionados estudos, os quais foram classificados em quatro categorias, sendo elas: caracterização do comportamento autolesivo e/ou ideação suicida, a família e o contexto escolar em relação à autolesão e ideação suicida, o uso da internet como potencializador da autolesão e/ou ideação suicida e por último, tratou-se das possíveis propostas de intervenções. Com o resultado da pesquisa, foi possível descrever a prevalência das variáveis psicológicas
disfuncionais, reconhecendo os fatores de risco que implicam num perfil de adolescentes acometidos pelos comportamentos autolesivos e suicida para lidar com o sofrimento psíquico. Percebeu-se que, a dinâmica familiar pode exercer um dos mais relevantes fatores de
vulnerabilidade para o adolescente ou inversamente, de prevenção às diversas perturbações e comportamentos desajustados. No entanto, a escola como contexto de transição da adolescência, e sendo nesse ambiente que surgem os comportamentos disfuncionais entre
adolescentes, pode identificar precocemente e intervir, contribuindo assim, para um desenvolvimento saudável. Diante do contexto, percebeu-se que o uso da internet potencializa o agravo, e pode conter duas faces, o incentivador, por conter imagens e vídeos de incentivo e como um local possível para desabafar, encontrar apoio e não ser “julgado” por suas escolhas. Como possíveis propostas de intervenções, a Política Nacional de Prevenção da Automutilação e Suicídio instituída com a Lei 13.819, vem possibilitar o desenvolvimento de estratégias permanentes através dos serviços de saúde e educação. Promovendo assim, a prevenção e promoção em saúde mental dos adolescentes e familiares, bem como assegurando
o tratamento e acompanhamento daqueles que são acometidos pela prática de comportamentos autolesivos e suicida. Por conseguinte, contribuir para desconstrução o “tabu” que envolve o fenômeno. Ademais, em consonância com a Política Nacional de Prevenção da Automutilação e Suicídio, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) também aponta a contribuição do profissional psicólogo escolar na intervenção, envolvendo toda a comunidade escolar - professores, pais, funcionários e estudantes. Pautando reflexões acerca do sujeito e suas subjetividades e a complexidade do fenômeno, que desencadeia o sofrimento psíquico dos adolescentes.


Como citar

MARIA APARECIDA BORGES DA COSTA COMPORTAMENTOS AUTOLESIVOS E/OU IDEAÇÃO SUICIDA EM ADOLESCENTES E A INTERNET: uma revisão integrativa. 2020. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Psicologia). Centro Universitário Luterano de Palmas, Palmas, Tocantins, 2020. Disponível em: <http://ulbra-to.br/bibliotecadigital/publico/home/documento/2179>. Acesso em: 03 jul. 2024

Banca (avaliadores)

  • Ruth do Prado Cabral (Presidente)
  • Muriel Correa Neves Rodrigues
  • ROSANGELA VELOSO DE FREITAS

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