Autor(es): Marcos Filipe Batista Assunção
Palavras-chave: COVID-19, Anticoagulante, Eventos Trombóticos, Tromboprofilaxia, Casos Graves.
Defendido/Publicado em: 2021-06-29
Orientador(a): Áurea Welter
Coorientador(a): Juliane Farinelli Panontin
Curso: Farmácia
A COVID-19 é uma infecção caracterizada por uma síndrome respiratória aguda grave causada
pelo SARS-CoV-2 que se manifesta de maneiras diferentes em cada organismo, porém é mais
agressivo em idosos ou indivíduos que possuem comorbidades. É de fácil transmissão, podendo
ser transmitido por meio do contato direto ou indireto com a saliva ou muco nasal de um
infectado, e sua sintomatologia mais comum incluí febre, tosse e dispneia. Essa doença é
classificada em quatro estágios clínicos, leve, moderado, grave e crítico, onde pacientes que se
enquadram no último estágio geralmente necessitam de ventilação mecânica e UTI. Eventos
trombóticos também são detectados com grande frequência em pacientes graves e acabam
sendo um dos agravantes da doença que mais levam a morte do indivíduo. Essa condição
acontece a partir de uma interação cruzada entre o processo inflamatório exacerbado e a
coagulação que acabam resultando na formação de trombos. Os anticoagulantes são
medicamentos com capacidade de desmanchar trombos, consequentemente impede o
desenvolvimento de eventos trombóticos, visto isso, essa classe foi apontada como possível
opção terapêutica no tratamento de casos graves de COVID-19 a fim de evitar a evolução
clínica de modo que se diminua as chances de mortes. Portanto, esse trabalho teve como
objetivo realizar um levantamento bibliográfico sobre o uso de anticoagulantes como terapia
para pacientes com COVID-19 em estado grave. E teve como metodologia a revisão da
literatura do tipo exploratório utilizando bases de dados para obtenção do material bibliográfico.
As heparinas de baixo peso molecular foram selecionadas como melhor opção de
anticoagulantes para o tratamento de pacientes graves, por possuírem ação anticoagulante, anti-
inflamatória e um mecanismo de ação que impede a invasão do vírus nas células. Os resultados
dos pacientes que aderiram a tromboprofilaxia apresentaram melhoras clínicas do quadro de
modo que não houvesse evolução de estágio evitando assim o uso de ventilações mecânicas e
impactando positivamente no número de mortes por COVID-19. Os benefícios oferecidos pela
terapia anticoagulante foram a diminuição de formação de trombos, inibição de adesão do vírus
a membrana plasmática, consequentemente dificultando a entrada do vírus no interior da célula
hospedeira. O risco apresentado no uso dos anticoagulantes é o aumento de chances de eventos
de hemorragia, principalmente na administração de doses altas do medicamento.
Marcos Filipe Batista Assunção TERAPIA ANTICOAGULANTE NA COVID-19. 2021. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Farmácia). Centro Universitário Luterano de Palmas, Palmas, Tocantins, 2021. Disponível em: <http://ulbra-to.br/bibliotecadigital/publico/home/documento/2474>. Acesso em: 13 nov. 2024