Autor(es): Robert da Silva Soares Junior
Palavras-chave: Infecção hospitalar, Telefone Móvel, Agentes Sanitizantes
Defendido/Publicado em: 2014-11-24
Orientador(a): Dayane Otero Rodrigues
Curso: Biomedicina
Infecções em Serviços de Saúde, são um dos maiores problemas em relação às complicações possíveis para transmissão de doenças e agravamento de condições na saúde de diversos pacientes. Dentre as diversas formas de que esses microrganismos venham a serem disseminados em ambientes como o hospitalar, está o contato com locais e superfícies contaminadas, ás quais podem acabar por transformar as mãos em reservatório e fonte de infecção cruzada para diversos microrganismos tidos como patógenos, os quais podem se tornar fontes de contaminações hospitalares em indivíduos imunodeprimidos. Dentre as possíveis fontes de contaminação que estão em contato direto e de forma indiscriminada por muitos dos profissionais de saúde, encontram-se os telefones celulares, os quais são amplamente manuseados, sem que haja instruções adequadas em relação as formas de desinfecção para os mesmos. Este trabalho trata-se de uma pesquisa realizada na cidade de Palmas, Tocantins, na qual analisou 30 amostras de telefones celulares de profissionais envolvidos com os setores hospitalares, colhidas por contato direto com papel contáctil, de forma pura, e posteriormente com a desinfecção por fricção com gaze, de três formas, sendo Álcool Etílico 70%, Hipoclorito de Sódio 2,5% e Álcool Etílico 70% seguido de Hipoclorito de Sódio 2,5%. Nesta pesquisa encontrou-se contaminação bacteriana presente em 21 das amostras (70%), com a presença de bactérias de espécies diversas como Staphylococcus coagulase negativo (43,5%), Staphylococcus aureus (20,5%), e Bacilos Gram-Negativos diversos (20,5%), como Enterobacter spp.(2,5%), Pseudomonas spp. (2,5%), entre outras espécies, com perfis múltiplos de resistência aos processos de desinfecção. Das colônias encontradas obteve-se efetividade de degradação para remoção de todas as colônias, de 70% para o Álcool, 67% para o Hipoclorito e 40% para o Álcool seguido de Hipoclorito. Tendo a espécie Staphylococcus coagulase negativo sua remoção completa com o uso de Hipoclorito, e inefetividade para a destruição completa com o uso de Álcool para Staphylococcus aureus; sem se alcançar remoção dos Bacilos Gram-Negativos, com exceção da espécie Yersinia enterolitica, com remoção completa com o uso de Álcool e Hipoclorito em conjunto. O uso da fricção com gaze pode tornar-se ineficiente pelo fato de a desinfecção estar sujeita as variações da porosidade da amostra e áreas tocadas, porém, recomenda-se que seja feita a desinfecção primariamente com o uso de Hipoclorito, permitindo que este tenha uma secagem de pelo menos 10 minutos, para posteriormente utilizar-se o Álcool.
SOARES JUNIOR, R. S. S. Análise bacteriana de telefones celulares de profissionais da saúde do setor hospitalar de Palmas, To. 2014. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Biomedicina). Centro Universitário Luterano de Palmas, Palmas, Tocantins, 2014. Disponível em: <http://ulbra-to.br/bibliotecadigital/publico/home/documento/260>. Acesso em: 13 nov. 2024