Autor(es): Julianne Rodrigues Guimarães

Palavras-chave: Ambiente Hospitalar, Resistência., Controle.

Defendido/Publicado em: 2015-12-03

Orientador(a): Dayane Otero Rodrigues

Curso: Biomedicina


O ambiente hospitalar constitui uma poderosa fonte de infecções, pois alberga uma grande variedade de microrganismos virulentos e oportunistas, especialmente bactérias. A disseminação das infecções hospitalares é um sério problema, potencializado pelo ambiente, sempre ocupado por pacientes colonizados e/ou
infectados. As Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) caracterizam-se como um ambiente favorável à perpetuação da cadeia de transmissão de microrganismos potencialmente patogênicos, devido à imunossupressão dos pacientes hospitalizados, técnicas incorretas e procedimentos invasivos, lavagem incorreta das mãos, limpeza deficiente de ambientes, dentre outros. O presente trabalho trata-se
de um estudo transversal, cujo objetivo foi analisar a microbiota das superfícies hospitalares da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto do Hospital Geral Público de Palmas (HGPP), bem como identificar as cepas bacterianas predominantes nestas superfícies, caracterizar o perfil de resistência das bactérias isoladas nas
superfícies frente aos antimicrobianos e sugerir possíveis medidas para o controle da contaminação das superfícies da UTI adulto. Utilizou-se a técnica de fricção com “swabs” estéreis umedecidos em caldo “Brain Hear Infusion” (BHI) nas superfícies hospitalares da UTI adulto do HGPP. Foram coletadas 72 amostras, sendo de 18
monitores de função cardíaca, 18 bombas de infusão, 18 mesas de medicação e 18 grades laterais direita. Após coleta, as amostras foram transportadas ao Laboratório de Microbiologia do CEULP/ULBRA, sendo semeadas em 4 placas diferentes de
cultura: Ágar manitol salgado, Ágar sangue, Ágar MacConkey e Ágar cetrimide, colocadas em estufa à 37ºC por 24-48 horas. Em todas as 72 amostras coletadas houve crescimento de microrganismos. Os resultados encontrados evidenciaram uma prevalência de Cocos Gram-Positivos, sendo o S. aureus o mais frequente (73,6%). Dentre os Bacilos Gram-Negativos, a Família Enterobacteriaceae apresentou maior freqüência (22,2%) de contaminação. Na análise das superfícies hospitalares destacou-se o monitor cardíaco com maior predomínio dentre os contaminados por S. aureus, a grade lateral direita foi a mais contaminada pela Família Enterobacteriaceae, a bomba de infusão foi a mais frequente dentre os contaminados por Pseudomonas aeruginosa. A elevada ocorrência de Staphylococcus aureus resistentes a meticilina (MRSA) (71,7%) entre os microrganismos isolados evidencia que a UTI é um importante reservatório de S. aureus multirresistentes (37,7%). Sendo assim, na UTI adulto devem ser implementadas medidas interventivas e programas de reeducação e incentivo às
boas práticas que direcionadas poderão diminuir a disseminação e resistência dos microrganismos ali presentes.


Como citar

GUIMARÃES, J. R. ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DE SUPERFÍCIES HOSPITALARES DA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA (UTI) ADULTO DO HOSPITAL GERAL PÚBLICO DE PALMAS-TO. 2015. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Biomedicina). Centro Universitário Luterano de Palmas, Palmas, Tocantins, 2015. Disponível em: <http://ulbra-to.br/bibliotecadigital/publico/home/documento/263>. Acesso em: 30 abr. 2024

Banca (avaliadores)

  • LUIS FERNANDO ALBARELLO GELLEN (Presidente)
  • Luis Fernando Castagnino Sesti (Presidente)

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