Autor(es): KARINE MAIA MACHADO

Palavras-chave: Radioterapia, Higiene dentaria, Sequela

Defendido/Publicado em: 2018-06-15

Orientador(a): Rodrigo Ventura Rodrigues

Curso: Odontologia


O objetivo deste estudo foi avaliar através da aplicação de questionários, no Hospital Geral de Palmas/TO
(HGP), os hábitos de higiene bucal realizados pelos pacientes com câncer de cabeça e pescoço e sua influência no
agravamento dos sintomas pela radioterapia, visto que, se os devidos cuidados forem tomados, estes propiciarão
uma melhor condição de saúde bucal e consequentemente uma melhor qualidade de vida. Foram avaliados 13
pacientes com média de idade de aproximadamente 58 anos, com câncer de cabeça e pescoço, submetidos à
radioterapia no Hospital Geral de Palmas/TO (HGP). Em relação aos efeitos da radioterapia, 13 (100%) dos
pacientes perceberam algum efeito na cavidade oral, sendo os efeitos mencionados: xerostomia 35%, mucosite
22%, digeusia 22%, trismo 9%, cárie de radiação 6%, osteorradionecrose 3% e candidose 3%. No que diz respeito
às sequelas secundárias ao tratamento contra o câncer, a prevenção ainda é a melhor conduta. As medidas
preventivas devem incluir orientação quanto à higiene oral, extrações prévias, aplicação de flúor e uso de saliva
artificial, cabendo ao profissional de Odontologia orientar e intervir para proporcionar mais qualidade de vida a
estas pessoas. Entretanto, na amostra estudada, independente dos hábitos de higiene oral no qual a maioria dos
pacientes receberam orientação, houve incidência de efeitos colaterais advindos da radioterapia, mostrando que
estes hábitos não influenciaram no não aparecimento de lesões pós-radioterápicas (100% dos pacientes). Um dos
fatores que pode ter desencadeado a reação em 100% dos pacientes é a utilização incorreta dos instrumentos de
higiene bucal. Apenas 19% usavam fio dental, apesar de 85% terem recebido a orientação sobre higiene bucal.
Portanto, conclui-se que não adianta somente passar a instrução de higiene bucal. É necessário treinar o paciente
com demonstrações práticas, e ressaltar a importância de se utilizar todos os meios disponíveis para a higienização
bucal.


Como citar

MACHADO, K. M. A CARACTERIZAÇÃO DOS HÁBITOS DE HIGIENE ORAL E SUA INFLUÊNCIA NO TRATAMENTO DE RADIOTERAPIA – UMA PESQUISA DE CAMPO NO HGP/TO. 2018. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Odontologia). Centro Universitário Luterano de Palmas, Palmas, Tocantins, 2018. Disponível em: <http://ulbra-to.br/bibliotecadigital/publico/home/documento/283>. Acesso em: 25 nov. 2024

Banca (avaliadores)

  • Rodrigo Ventura Rodrigues (Presidente)

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