“Porém muitas pessoas que ouviram a mensagem creram, e os homens que creram foram mais ou menos cinco mil.” (At 4.4)
Há um ditado popular que diz que política, religião e futebol não se discutem. No tempo da Bíblia, ainda não havia futebol. Mas religião e política tinham dificuldades em conviver.
O livro de Atos dos Apóstolos conta o começo da história do cristianismo. Nele se veem muitos embates envolvendo cristãos, sacerdotes da religião judaica e autoridades do Império Romano.
No capítulo 4 de Atos, conta-se uma história que se passou em Jerusalém. Dois dos discípulos de Jesus, Pedro e João, estavam falando com o povo. Eles estavam fazendo uma pregação. As autoridades, tanto religiosas como civis, tomaram conhecimento disso e não gostaram. Mandaram para o local alguns sacerdotes, a guarda do Templo e pessoas influentes. Pedro e João ensinavam ao povo que Jesus havia ressuscitado dentre os mortos. Esse ensinamento era muito poderoso. A morte não precisava mais ser temida. Por isso, para evitar maiores problemas, a decisão política tomada foi a de prender Pedro e João. Política e religião entravam numa controvérsia.
Esse acontecimento ensina que o uso da força nem sempre muda a opinião das pessoas. Diz a Bíblia que, “muitas pessoas que ouviram a mensagem creram, e os homens que creram foram mais ou menos cinco mil” (At 4.4). Ou seja, o uso da força não mudou a opinião das pessoas sobre o que a fé cristã ensinava.
O que aprendemos dessa história não é que religião e política não devem ser discutidas. O que aprendemos é que deve haver respeito entre as duas e que o uso da força não é a melhor forma de resolver os desentendimentos. A fé é um forte elemento de resistência contra a injustiça e os desmandos.
Oremos: Bondoso Pai, confio nas tuas palavras e promessas. Quero obedecer também às autoridades instituídas. Permite que tenhamos sempre um governo justo e que faça a tua santa vontade. Em nome de Jesus. Amém.