“(A semente) brota e cresce, sem ele (o homem) saber como isso acontece.” (Marcos 4.27)
A Bíblia é um livro um tanto estranho para quem não trabalhou na roça ou nunca lidou com animais. Porque a maior parte da história da Bíblia se passa num contexto agrícola e pastoril. Quem é do interior entende com mais facilidade. Muita gente nunca acompanhou o nascimento e crescimento de uma planta. Mas, em algumas escolas, as crianças plantam uma pequena horta. As crianças, curiosas, se dirigem ao canteiro ou vaso de flor, esperando que a planta brote da terra. Parece que ficam torcendo para que a planta apareça de uma vez!
Jesus contou uma parábola sobre o Reino de Deus em que ele fala sobre sementes que são jogadas na terra. O semeador joga a semente e, a partir daí, as coisas começam a acontecer. Ele pode ficar de plantão, esperando e torcendo para que as plantas nasçam, mas isso não fará diferença nenhuma. A semente brota e a planta cresce, sem que o semeador saiba como isso acontece.
É claro que existe uma explicação científica para a brotação e o crescimento das plantas. Mas o ponto de Jesus é claro: não é o semeador que faz a semente brotar. E Jesus explicou que isso ensina algo a respeito do Reino de Deus. Esse Reino é a ação de Deus, restabelecendo seu domínio gracioso entre nós e sobre nós, em Jesus. Esse Reino é a presença e ação de Deus em sua Palavra. O evangelho é como uma semente que é lançada na terra. Olhando, parece que nada vai acontecer. Como pode uma palavra tão ofensiva e sem sentido perdoar pecados e mudar uma vida? Nós não sabemos como isso acontece. Ou seja, não depende de nós. Deus faz acontecer. Quando e onde ele quer. O evangelho é o poder de Deus para a salvação daquele que crê. Não é poder da retórica ou lavagem cerebral, mas poder de Deus numa palavra-semente que se apresenta tão frágil.
Oremos: Senhor, faze a tua poderosa Palavra crescer também em minha vida. Amém.
