“Se Deus der a você riquezas e propriedades e deixar que as aproveite, fique contente com o que recebeu e com o seu trabalho. Isso é um presente de Deus.” (Eclesiastes 5.19)
Eclesiastes hoje nos fala sobre as realidades, boas e ruins, que as riquezas podem trazer a alguém. E mostra como funciona a questão do dinheiro para pessoas que olham apenas para esta vida no mundo (literalmente, “a vida debaixo do sol”) e para aquelas que, olhando para acima do céu, notam a presença de Deus em suas vidas.
No capítulo 5, lemos sobre os problemas da busca sem freio por dinheiro: a insatisfação da cobiça que faz a pessoa querer sempre mais e a frustração que a persegue sempre que lembra que não poderá levar nada deste mundo. Eclesiastes também lembra as amizades interesseiras, a insônia que as ansiedades financeiras causam e, ainda, a falta de tempo para desfrutar do fruto do seu trabalho. Esse mal não é resultado do dinheiro em si, mas de buscá-lo e administrá-lo como se a vida debaixo do sol não tivesse um propósito maior.
Mas Eclesiastes também nos dá uma perspectiva de esperança, dizendo-nos que as recompensas de nossos esforços também podem ser desfrutadas. Lemos que “se Deus der a você riquezas e propriedades e deixar que as aproveite, fique contente com o que recebeu e com o seu trabalho. Isso é um presente de Deus” (Ec 5.19). É possível comer, beber e apreciar os frutos do trabalho. O caminho é reconhecer tudo como presente de Deus. Tirar nossos olhos das riquezas “debaixo do sol” e olhar para o autor delas, que está “acima dos céus”. A vida é um dom. E é um dom desfrutá-la. Dinheiro e bens, se geridos com sabedoria, podem ser meios saudáveis para um fim benéfico. Mas eles não são nossa identidade, nossa salvação, nem mesmo nossa fonte de segurança. Jesus Cristo é. A vida eterna que ele nos conquistou é a nossa maior riqueza.
Oremos: Pai, atrai nossos olhos aos céus e faze-nos apreciar correta e plenamente as coisas deste mundo sabendo que são presentes da tua graça. Em nome de Jesus. Amém.