“Nós sabemos que tudo o que a lei diz é dito para os que vivem debaixo da lei. Isso a fim de que todos parem de se justificar e a fim de que todas as pessoas do mundo fiquem debaixo do julgamento de Deus.” (Romanos 3.19)
Como é comum as pessoas tentarem justificar os seus erros colocando a culpa nos outros. Crianças já sabem dizer: “A culpa foi dele”. Os adultos aperfeiçoam a técnica com argumentos e, às vezes, fazendo mau uso da lei. Isso não é algo novo, e já vem desde o cenário da queda em pecado, quando Adão jogou a culpa em Deus e em Eva dizendo: “A mulher que me deste para ser a minha companheira me deu a fruta, e eu comi” (Gn 3.12). Umas das primeiras consequências do pecado é colocar a culpa no outro.
O ser humano caído em pecado não consegue assumir os seus erros e, mesmo quando assume, não sabe lidar com o arrependimento. Quando Lutero vivia, esse arrependimento era demonstrado exteriormente em forma de penitência, ou seja, autoflagelo, rezas, obras e indulgências. Mas nada disso resolvia o problema. Por muito tempo em sua vida, Lutero pensou que Deus era mau, alguém que esperava perfeição plena dele e que estava prestes a condená-lo. Quão aliviado ficou Lutero ao descobrir que “viverá aquele que, por meio da fé, é aceito por Deus” (Rm 1.17), ou seja, que o justo viverá pela fé.
Em nossos dias, muitos ainda tentam conseguir a salvação, ou o favor de Deus, por meio de dízimos, penitências e obras. Porém, Deus nos mostra claramente em sua Palavra que “sem fé ninguém pode agradar a Deus” (Hb 11.6). Isso porque a fé transfere à cruz de Cristo todos os nossos pecados, vergonhas e tropeços. Jesus cumpriu toda a lei em nosso lugar e nos chama de justos, justificados não por desculpas humanas, mas pelo sangue dele derramado na cruz.
Oremos: Amado Pai celestial, que transferiste toda a culpa do nosso pecado para teu amado Filho Jesus Cristo, tem piedade de mim e perdoa também o pecado de nem sempre correr aos teus pés e pedir perdão. Em nome do Salvador Jesus. Amém.
