“E o seu sangue nos purifica por dentro, tirando as nossas culpas; assim podemos servir ao Deus vivo, pois já não praticamos cerimônias que não valem nada.” (Hebreus 9.14)
Na prática litúrgica do Antigo Testamento, o Grande Sacerdote entrava uma vez por ano no Lugar Santíssimo do tabernáculo para aspergir sangue de cordeiro sobre o altar. Depois, a cinza do sacrifício era espalhada sobre a multidão de adoradores, como símbolo de arrependimento e perdão. Sendo o Grande Sacerdote a única pessoa autorizada a fazê-lo, nele estava depositada toda a mediação entre Deus e os homens. Isso tudo apenas simbolizava o plano de Deus para resolver a nossa separação dele por causa do pecado.
O texto de Hebreus 9 expressa que Cristo assumiu ambos os papéis, tanto o do cordeiro, que é sacrificado, como o de sacerdote, que oferece o sacrifício. Em Cristo, foram postos todos os pecados do mundo, do passado, do presente e do futuro. Porém, há um detalhe significativo em tudo isso: a fé. Do princípio ao fim trata-se disto: fé em Deus. O perdão no Antigo Testamento não era obtido pelos sacrifícios, mas pela fé que confiava que Deus cumpriria sua promessa de enviar o Messias.
Também hoje o perdão é uma questão de fé. Ele já está pronto, preparado por Deus, mas somente chega àqueles que confiam na graça de Deus, demonstrada na cruz de Cristo, que morreu pelos pecados do mundo.
Perdoados, podemos nos aproximar do altar do Senhor, receber o perdão dos pecados, e viver com a consciência aliviada. Dessa maneira, voltamos ao mundo, à nossa rotina diária, prontos para testemunhar do seu amor e de sua obra por nós, como escreve o autor da carta aos Hebreus: “E o seu sangue nos purifica por dentro, tirando as nossas culpas; assim podemos servir ao Deus vivo, pois já não praticamos cerimônias que não valem nada” (Hb 9.14).
Oremos: Jesus, obrigado por seres meu amparo, escudo e perdão. Orienta-me a levar tuas boas novas ao mundo. Amém.