Os anos vão passando e, enquanto a juventude parece escapar pelos dedos, inseguranças começam a surgir. Preocupações nunca imaginadas aparecem: quem vai cuidar de mim na minha velhice? Como vou sobreviver com uma aposentadoria tão baixa? Meus filhos vão continuar me visitando?
Preocupado com a violência e a perseguição de inimigos, o poeta bíblico, no Salmo 71, versículo 10, expressa sua preocupação a Deus: “Não me rejeites agora que sou velho; não me abandones agora que estou fraco”. Ele suplica: “Ó Deus, não fiques longe de mim!” e mais uma vez lembra da fragilidade que a idade lhe trouxe dizendo: “Agora que estou velho, e os meus cabelos estão brancos, não me abandones, ó Deus!” (Sl 71.18).
Fragilizados, nós sabemos que nossas forças diminuem, que os músculos atrofiam, que os reflexos ficam lentos, que a visão não é mais a mesma com o passar do tempo. E nós nos voltamos a Deus, pedindo ajuda. Pedimos ajuda porque sabemos quem é Deus: ele nos ensina desde a mocidade, ele nos conhece desde o ventre da nossa mãe. Sabemos que ele é o Deus da vida e, para nos dar vida eterna, enviou seu filho Jesus para nos salvar.
O salmista recorre, na sua velhice, ao Deus da salvação e afirma: “Anunciarei que tu és fiel; o dia inteiro falarei da tua salvação, embora não seja capaz de entendê-la” (Sl 7.13). Enquanto nossas células vão envelhecendo e morrendo, continuemos a buscar a ajuda do Deus da salvação. Com a promessa da vida, com a certeza da ressurreição, até mesmo as preocupações do envelhecimento não nos tirarão a alegria de um coração em paz.
Oremos: Ó Senhor Deus, tu és a minha segurança. Não permitas que minhas fraquezas me deixem insensível diante da tua fidelidade e amor por mim. Dá-me forças nos dias difíceis. Em nome de Jesus. Amém.