“Será que vais destruir os bons junto com os maus?” (Gênesis 18.23)
A Bíblia conta uma famosa história em que Abraão tem uma conversa com Deus, que estava prestes a destruir as cidades de Sodoma e Gomorra por causa dos graves pecados cometidos por seus moradores. Nessa conversa, Abraão questiona se Deus seria capaz de destruir a todos mesmo que encontrasse ali alguns justos. Ele pergunta: “Será que vais destruir os bons junto com os maus?” (Gn 18.23). Na continuação da história, Deus diz a Abraão que perdoaria a cidade caso encontrasse ali até dez pessoas justas.
Esse acontecimento nos ensina algo importante a respeito de como Deus nos trata. Séculos depois dessa conversa, a humanidade continuou cheia de pecados, e aos olhos de Deus ninguém era realmente justo. O apóstolo Paulo chega a dizer: “Não há uma só pessoa que faça o que é certo; não há ninguém que tenha juízo; não há ninguém que adore a Deus. Todos se desviaram do caminho certo, todos se perderam. Não há mais ninguém que faça o bem, não há ninguém mesmo” (Rm 3.10-12).
Se Deus resolveu destruir cidades por não encontrar ninguém justo, o que deveria acontecer com o mundo inteiro que se distanciou de Deus? É aqui que a história de Sodoma e Gomorra nos ajuda a entender como Deus age. Para Abraão, ele disse que perdoaria as cidades se encontrasse justos. E é exatamente isso que ele fez com todos nós. Embora não tenha encontrado ninguém justo entre as pessoas, ele enviou o seu Filho ao nosso mundo. Jesus, o verdadeiro justo, veio entre nós para que todos pudessem ter perdão e oportunidade de salvação. Deus sacrificou o justo pelos injustos, e nisso está a “injustiça” divina, por meio da qual ele nos salva e se mostra bondoso com a humanidade.
Oremos: Deus gracioso, obrigado por nos perdoares em nossas injustiças e obrigado por sacrificares Jesus, o justo, em nosso lugar. Dá-nos um coração sempre agradecido por essa salvação que não merecemos. Amém.