Autor(es): BRUNA SENA GOMES DE ARAUJO
Palavras-chave: Família, adoção tardia, Adoção, Abordagem Sistêmica
Defendido/Publicado em: 2016-12-06
Orientador(a): Cristina D'Ornellas Filipakis Souza
Curso: Psicologia
O presente trabalho discute sobre as contribuições da terapia familiar sistêmica no processo de adoção tardia e, em resultado dessa discussão, traz uma proposta de intervenção objetivando cuidar da saúde emocional da família que recebe a criança e evitar que a mesma passe por outro processo doloroso de abandono. Essa preocupação partiu da grande diferença entre a quantidade de pais disponíveis à adoção e crianças a espera de um lar ser exorbitante. Diante disso, foi realizado um estudo bibliográfico nas plataformas Scielo, P@psic, BVS, Periódicos da Capes, Portal Domínio Público e sites do governo com a finalidade de levantar informações sobre a constituição da família ao longo do tempo, o processo de adoção no Brasil, a adoção tardia e seus principais problemas, a teoria sistêmica, a terapia familiar e as contribuições destes no processo de adoção tardia. De acordo com a análise da pesquisa, percebeu-se a discrepância na preferência dos pais por crianças mais novas, além de apresentarem preconceitos quanto à adoção de crianças acima dos dois anos, insegurança em optar por esse modelo de adoção e de existirem casos de devoluções dessas crianças. Em contrapartida, o Conselho Nacional de Adoção (CNA) revela que o número de crianças com idade superior a dois anos é muito menor que a quantidade de pais cadastrados. Isto indica que o profissional de psicologia atuante na área de família, responsável por esse processo de adoção, pode auxiliar na conscientização das famílias pretendentes à adoção, no sentido de que não são elas que procuram uma criança, mas uma criança que procura uma família e assim tentar flexibilizar as exigências dos pretendentes. Como resultado, este trabalho apresenta uma proposta de intervenção dividida em três estágios que abraça todo o processo da adoção, desde a fase do cadastro até o momento em que a criança passa a viver na casa dos pais adotivos, auxiliando-os na resolução de conflitos internos e externos que o sistema familiar enfrentará com a inserção de um novo membro.
CONTRIBUIÇÕES DA TERAPIA FAMILIAR SISTÊMICA NOS PROCESSOS DE ADOÇÃO TARDIA. 2016. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Psicologia). Centro Universitário Luterano de Palmas, Palmas, Tocantins, 2016. Disponível em: <http://ulbra-to.br/bibliotecadigital/publico/home/documento/912>. Acesso em: 23 nov. 2024