Responsável pelo combate às queimadas nas Unidades de Conservação do Estado, o Naturatins - Instituto Natureza do Tocantins - está atento aos focos de queimadas criminosas. Nesta quarta-feira, 29, a equipe do PEC – Parque Estadual do Cantão, além de buscar meios de combater um incêndio criminoso na área da UC, também registrou um Boletim de Ocorrência junto à Delegacia de Polícia de Caseara para que fossem tomadas as providência necessárias para localizar o possível incediário.
De acordo com o Boletim, relatado pelo gerente do PEC, Marcos Leão, ele tomou conhecimento de uma queimada com indícios criminosos nas mediações da Praia do Sol. Segundo a informação de pessoas da região, um infrator estava colocando fogo nas mediações da Unidade. Na ocasião, os brigadistas, funcionários do PEC e voluntários iniciaram o combate do fogo que se alastrou pela UC.
Paralela a esta ação, uma equipe do PEC juntamente com o Cipama – Companhia Independente da Polícia Militar, Polícia Militar de Caseara e Polícia Civil foram às buscas do infrator. Durante as buscas, a equipe encontrou um homem, que mediante indícios, poderia ser o suposto causador do incêndio que está ocorrendo na Unidade.
Segundo relatos do suspeito, que não foi pego em flagrante, o incêndio foi causado acidentalmente quando pretendia assar um peixe. Na ocasião, o suspeito foi encaminhado à Delegacia do município de Caseara, onde foi realizado um TCO – Termo Circunstanciado de Ocorrência. De acordo com o subtenente da Delegacia de Caseara, Dorival Barbosa da Silva, o suspeito será citado posteriormente mediante inquérito policial para responder pela ação. “Durante o inquérito que está sendo feito, pelo fato das queimadas ainda estarem acontecendo, o Ministério Público vai decidir de acordo com as provas se o suspeito será penalizado”, explicou.
Conforme o gerente do PEC, Marcos Leão, conversando com os policias envolvidos na ação, existe um provável mandante das ações criminosas. “Todas as nossas ações estão sendo realizada em parceria, ainda nesta quinta-feira a Dema – Delegacia Estadual de Repressão a Crimes contra o Meio Ambiente, foi acionada e já está presente na região realizando perícia e levantando informações, vamos dar uma reposta à sociedade para mostrar que essas ações criminosas sofrerão sim, as devidas penalizações”, enfatizou.
Ainda de acordo com Leão, a gerência do Monaf – Monumento Natural das Árvores Fossilizadas, em Filadélfia, está disponibilizando brigadistas para reforçar a ação e a Defesa Civil está enviando cestas básicas para os brigadistas. “Toda contribuição é bem vinda para nos ajudar apagar o fogo completamente tomando ás iniciativas eficazes”, declarou.
Quem for pego realizando queimadas, as multas variam de R$ 50 a R$ 50 milhões, em ações administrativas, além disso, o infrator é indiciado em processo criminal, o que pode resultar em pena que varia entre seis meses a quatro anos de reclusão.
Fonte: Instituto Natureza do Tocantins. On-line: http://naturatins.to.gov.br/noticia.php?id=3352
