O artigo visa promover um diálogo acerca do processo de luto na perspectiva do Pensamento
Sistêmico. A metodologia utilizada foi a revisão de literatura, por meio de um estudo do tipo
exploratório bibliográfico de obras a respeito das temáticas luto e Pensamento Sistêmico, das
quais foram estudadas principalmente: Ariès (2014), Bousso (2008), Davel e Silva (2014),
Gomes et al (2014), Luna (2014;2016), Maranhão (2016), Menezes (2004), Ramos (2016) e
Esteves de Vasconcellos (2018). A partir da discussão das ideias dos autores e das autoras, o
artigo mostra significados e sentidos atribuídos ao processo de luto, além dos fatores
biopsicossociais que influenciam em sua elaboração. De acordo com a proposta, buscou-se
traçar uma formulação e contextualização sócio-histórica, passando pelas diversas
interpretações e significados atribuídos ao luto (e a morte) ao longo dos tempos, provocando
questionamentos e revelando sentidos atribuídos subjetivamente à vida e à morte. As várias
facetas desveladas sobre o tema apontam para as particularidades com que estas questões se
apresentam para cada sujeito, a partir de sua construção histórica, suas crenças e suas
possibilidades. Isso posto, observou-se que na perspectiva do pensamento sistêmico
(novo-paradigmático) o luto, presente em nosso cotidiano, pode ser compreendido como um
processo e uma experiência complexa que ultrapassa situações de morte de entes queridos.
Conclui-se aqui que o luto é sentido de forma única por cada membro do sistema, e assim a
oferta de cuidado pode ocorrer mutuamente, a partir de cada experiência vivenciada.