Esse artigo tem como objetivo abordar as questões históricas, sociais e políticas sobre corpo, gênero e sexualidade, incluindo o que é “ter” e “ser” um corpo no cenário da educação brasileira. Tendo em vista que as escolas de educação básica e fundamental desconhecem ou ignoram as múltiplas vertentes que permeiam essa construção tais como: a construção social e a construção política, permanecendo assim como fonte de construção a descrita nos livros de biologia (entre ossos, músculos, células e sistema reprodutor masculino e feminino) e quando não, a vertente ideológica religiosa (somos imagem e semelhança) e por isso os corpos nas escolas e suas sexualidades estão cada vez mais, distantes da realidade. Nesse distanciamento incluímos que os corpos estão cada vez mais distantes deles mesmos, pois, ver os corpos e suas sexualidades parece não contemplar a esfera social, e sim estar vinculado apenas a questão biológica e consequentemente religiosa. Isso indica uma contramão das questões que permeiam os gêneros, as infecções transmitidas sexualmente, os métodos preventivos e contraceptivos e não distante as violências que permeiam cada corpo na escola, e suas relações de culpa e pecado.