A Pós-Modernidade cria uma dinâmica de individualização que afeta a todos (BAUMAN, 2007), mas que impacta de forma ainda mais incisiva as populações jovens, que são submetidos a uma espécie de violência simbólica sob a forma de autoviolência (BIRMAN, 2013). De acordo com pesquisa bibliográfica de caráter qualitativo, este artigo irá abordar como a dinâmica contemporânea gera uma gama de jovens descontentes e frustrados, pois no panorama contemporâneo para que haja os vencedores, necessariamente deve-se fazer surgir a classe dos excluídos e inaptos. Assim, ter e aparentar originalidade custa caro, sendo, portanto, um privilégio que requer esforço ad eternun para que o jovem, mais à frente, não se depare com o fantasma da invisibilidade. Desta forma, conclui-se que a possibilidade de que todos usufruam de um processo de individualização e de formação identitária adequada (aos padrões liberais de consumo) é inalcançável, de acordo com Birman. Estaria aí, portanto, a gênese da vertigem existencial e da autoviolência entre os jovens da contemporaneidade.