TRABALHO ESCRAVO URBANO: um olhar para a neoescravidão

Sarah Fernandes Brito, Liliam Deisy Ghizoni
Resumo

Objetiva-se neste estudo verificar como o trabalhador urbano, se vê diante de ocupações que tem em seu bojo: jornada exaustiva e condições degradantes, dois dos elementos do trabalho escravo contemporâneo. Especificamente, busca-se conhecer a trajetória profissional de 6 (seis) trabalhadores urbanos residentes em Palmas – TO; analisar quais elementos caracterizam as condições degradantes do trabalho escravo urbano; e evidenciar as situações em que os trabalhadores são submetidos à jornada exaustiva. O método utilizado foi uma pesquisa de campo com estudo de casos múltiplos. O conteúdo das entrevistas foi analisado por meio da técnica de análise de conteúdo dos múltiplos casos. Os resultados revelam que todos estão em busca de melhores condições de vida. Este estudo pôde questionar além da jornada exaustiva, quais as situações que contribuíram para o prolongamento da jornada de trabalho, visto que, os fatores se dividem entre as metas inatingíveis e a realização do mais-trabalho. E ainda, pode-se perceber que a nova escravidão está sob um novo indicador: a autoexploração.

CAOS – CONGRESSO ACADÊMICO DOS SABERES DA PSICOLOGIA 2019
343-360
Palmas-TO
e-ISSN:2447-0767