O presente estudo tem por objetivo discutir os fatores associados ao adoecimento psíquico nos profissionais que prestam assistência à saúde em Unidades de Terapia Intensiva. Trata-se de uma pesquisa de revisão narrativa com finalidade metodológica básica de natureza qualitativa. Para alcançar os objetivos estabelecidos, examinou-se os materiais dispostos na literatura entre os períodos de 2012 a 2021, nas plataformas de pesquisa da BVS, BVS- PSI, PubMed, SciELO, Medline-Bireme e Portal CAPES. Os resultados foram fixados em 14 artigos e 1 dissertação de mestrado e evidenciaram que os principais fatores associados ao adoecimento psíquico referem-se às intensas cargas de trabalho, aos conflitos entre a equipe, a predominância do sexo feminino na categoria de enfermagem, o contexto pandêmico da covid-19 e as dificuldades de lidar com a morte dos pacientes. Quanto às psicopatologias, as que tiveram maior destaque foram o estresse como sofrimento decorrente do trabalho, a síndrome de Burnout, ansiedade, depressão, TEPT, entre outros. Não foi identificado nos artigos selecionados, iniciativa por parte dos profissionais intensivistas no que concerne à busca por tratamento do adoecimento psíquico. Na análise da literatura acerca dos impactos gerados pela pandemia, percebeu-se um agravamento das psicopatologias já existentes e a manifestação do TEPT. Conclui-se que as relações estabelecidas no contexto de trabalho são capazes de produzir adoecimento ou potencializar enfrentamento diante dos conflitos.