A Psicologia se divide em diversas áreas de atuação e tem avançado significantemente no âmbito do sistema prisional, onde os psicólogos atuam nas penitenciárias por força das determinações contidas na Lei de Execuções Penais (Lei nº 7210/84), desenvolvendo atendimento às pessoas custodiadas e fazendo o acompanhamento psicológico quando necessário. O trabalho trata da percepção das presas sobre o atendimento psicológico aplicado na unidade prisional feminina. Constata-se que apesar da carência de profissionais para promover o acompanhamento mais frequente, o suporte e apoio dos atendimentos é indispensável, ainda que deficitário, para proporcionar uma melhora significativa na saúde mental das presas. A escuta psicológica se mostra importante para que as custodiadas dividam suas histórias muitas vezes tormentosas, apresentem suas angústias, sofrimentos, esperanças, expectativas e sonhos. Neste sentido, destacase a necessidade de inserir essas mulheres no contexto de empoderamento possibilitando que mesmo no cárcere tenham o mínimo de dignidade para cumprir suas penas, explicitando a necessidade de ampliar os atendimentos contratando número suficiente de profissionais para atuar efetivamente em todas as unidades penais femininas do Estado do Tocantins.