As constantes mudanças nas dinâmicas de trabalho trouxeram uma nova onda marcada pela flexibilização e precarização, a uberização do trabalho. Este fenômeno recente tem como característica a fragilidade das legislações trabalhistas voltadas à organização desse novo modelo de trabalho. Deste modo, o trabalhador submetido à uberização do trabalho se percebe desamparado e à mercê das condições impostas pelas plataformas/aplicativos, levando essa classe ao adoecimento psíquico e físico. Assim, este estudo tem como objetivo conhecer o que tem sido publicado na literatura nacional dos anos 2017 a 2021 sobre a uberização do trabalho e seus efeitos na saúde mental do trabalhador. Para isso, realizou-se uma pesquisa pura, com objetivo metodológico exploratório de natureza qualitativa e procedimento metodológico de revisão sistemática. Como resultado obtido a partir das pesquisas selecionadas, notou-se que essas pesquisas levantam, principalmente, sobre o prejuízo financeiro, físico e psicológico que a uberização do trabalho traz para o trabalhador, mostrando que ela tem atributos nocivos à saúde como ausência de vínculo empregatício com seguros, direitos e garantias; as longas e exaustivas jornadas de trabalho com gastos e perigos advindos da atividade laboral; baixa remuneração com taxas excessivas aos trabalhadores; as sanções disciplinares; sistema cruel de avaliações e dificuldade de negociar com o aplicativos ou reportar algum problema ou adversidade a ele. Assim, sugere-se que mais pesquisas voltadas à saúde do trabalhador uberizados sejam elaboradas, pois, conhecer a realidade dessa classe é importante para que possibilite a promoção de ações em saúde com o intuito de promover saúde e prevenir doenças, além de buscar visibilidade a esses trabalhadores.