Resumo

A depressão é uma doença silenciosa. O paciente ao procurar tratamento para essa patologia em locais disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde, deve ser encaminhado ao psiquiatra para que possa propor o tratamento, bem como, receitar os medicamentos psicotrópicos necessários para tratar essa patologia. O aumento do consumo de antidepressivos nos últimos anos no Brasil, tem sido discutido por diversos estudos. A justificativa desse estudo baseia-se na necessidade do entendimento do padrão de consumo de antidepressivos, para desenvolver políticas que previnam o uso abusivo desses fármacos. O objetivo geral desse estudo foi analisar o perfil de consumo de antidepressivos no Brasil, segundo os estudos publicados entre os anos de 2009 e 2019. Realizou-se uma revisão bibliográfica em livros e artigos, onde incluiu-se artigos no intervalo entre 2009 e 2019, em inglês e português, que discorreram sobre o tema. Foram utilizados artigos que abordassem estudos em Unidades Básicas de Saúde, farmácias comunitárias, Centros de Atenção Psicossociais e pesquisas a domicílio. Após a seleção, utilizou-se vinte e um artigos para a composição da amostra do estudo, de modo a atender aos objetivos propostos. A partir dos resultados obtidos, observou-se que o gênero de maior consumo de antidepressivos é do sexo feminino; a idade média foi dos pacientes foi de 60 anos; o medicamento mais consumido é a fluoxetina e por consequência a classe mais consumida é Inibidores Seletivos de Recaptação de Serotonina. Outros resultados encontrados foram que a maioria das amostras coletadas foram de Unidades Básicas de Saúde e a região com a maior quantidade de estudos sobre o referido tema é da região Sul do país. Conclui-se que o estudo do perfil de consumo de antidepressivos no Brasil é imprescindível para o entendimento das principais indicações de uso, o que é essencial para a promoção do uso correto e racional de medicamentos, principalmente nessa problemática, visto que é uma das terapêuticas mais dispensadas pelas farmácias, Unidades Básicas de Saúde e Centros de Atenção Psicossociais do país.