Introdução: a T-ACO auxilia na prevenção das DCV, além de impactar nos seus fatores de risco e diminuir a complexidade das suas complicações. Objetivo: identificar o perfil de pacientes em T-ACO mais comumente afetado na percepção de QVRS. Métodos: revisão sistemática da literatura, baseada no protocolo do método PRISMA®, reunindo estudos relevantes em base de dados nacionais e internacionais, publicados entre 2016 e 2021, de acordo com os critérios de inclusão e exclusão estabelecidos. Resultados: dos 17 estudos selecionados, a QVRS das mulheres foi significativamente pior que a dos homens e foi predominante em indivíduos com FA. Pacientes com maior idade apresentaram diminuição da percepção de QVRS com melhora ao longo do tratamento em comparação à T-ACO de curto prazo. Valores de RNI dentro da faixa terapêutica foram associados à melhor QVRS, e preocupação em desenvolver hemorragias associadas à pior QVRS. Os pacientes em uso de NOACs apresentaram melhor satisfação, no que diz respeito à QVRS. O uso da varfarina apresentou pouco impacto na QVRS e maior taxa de hospitalização. Conclusões: analisar o perfil dos pacientes em T-ACO pode ser um diferencial nos desfechos dos quadros clínicos. O enfermeiro em sua prática clínica deve planejar uma assistência individualizada e qualificada para o indivíduo em T-ACO, aprofundando as necessidades do cuidado.