As enteroparasitoses constituem um sério problema de saúde pública, ocupando o terceiro lugar entre as causas de mortalidade infantil no mundo. Os níveis aumentados na escassez de saneamento básico e hábitos de higiene pessoal inadequada, interferem diretamente na tríade epidemiológica de parasitas, afetando principalmente crianças e adolescentes em idade escolar, devido suas imaturidades imunológicas. Sendo assim o presente trabalho analisou 44 amostras de crianças e adolescentes do Povoado Mansinha na zona rural de Rio Sono-TO, e avaliou a prevalência parasitária relacionando as variáveis sociodemográficas, socioeconômicas e comportamentais. Os resultados apresentaram que 54,5% (n=24) foram negativas e 45,4% (n=20) positivas com monoparasitismo ou biparasitismo. A população encontrava-se parasitada, com maior prevalência de cistos de Endolimax nana (54%, n=16) no total de protozoários encontrados. Com relação aos resultados obtidos sobre a higiene pessoal, 52,2% tem o costume de lavar os alimentos e 38,6% de lavar as mãos antes das refeições. Quanto a origem da água 29,6% (n=13) consomem água advinda de poços artesianos, e 68,2% (n=30) elimina seus dejetos através de fossas, reforçando a necessidade de atenção no melhoramento do saneamento básico, pois aumenta a probabilidade de contaminação e disseminação de enteroparasitas.