APORTES PARA DISCUSSÃO DA CONSERVAÇÃO ON FARM E EX-SITU

O CASO DOS MILHOS INDÍGENAS KAINGANG

  • Cristina Fachini Instituto Agronômico - IAC/SAA
  • Juracilda Veiga Kamuri
  • Maria Elisa Ayres Guidetti Zagatto Paterniani
  • Maria Paula Domene CATI Sementes e Mudas, CATI/SAA
  • Patricia Ribeiro Cursi CATI Sementes e Mudas, CATI/SAA
  • Thiago Leandro Factor Instituto Agronômico - IAC/SAA
Palavras-chave: on farm, ex situ, Kaingang, Milhos crioulos, Agrobiodiversidade

Resumo

O Tratado Internacional de Recursos Fitogenéticos para Alimentação e Agricultura – TIRFAA considera as estratégias ex situ e on farm importantes para conservação da diversidade genética. A conservação on farm depende, portanto, de interlocutores e instituições parcerias de apoio ao processo dinâmico de conservação. Os programas de conservação dos recursos genéticos ex situ muitas vezes atuam de forma paralela, com baixa interação entre eles. Esse artigo visa discutir a importância dos milhos para a cultura Kaingang e descreve, a partir de um estudo de caso, a importância da complementariedade nas ações de conservação da diversidade genética de milhos indígenas. No caso em questão, a conservação do material genético ex situ, foi importante uma vez que houve perda de material genético nas aldeias. Há que se pensar, entretanto, que essa não deve ser a única estratégia de conservação a ser adotada, pois o armazenamento em bancos de germoplasma corta a relação do material com o meio e o constante processo de adaptação das práticas e saberes associados. Torna-se importante a criação de políticas públicas que promovam a complementariedade nas ações de conservação da diversidade genética de milhos indígenas, a interação e diálogos institucionais entre a conservação ex situ e on farm.

 

Biografia do Autor

Cristina Fachini, Instituto Agronômico - IAC/SAA

Pesquisadora do Instituto Agronômico – IAC/SAA.

Juracilda Veiga, Kamuri

Antropóloga e indigenista, ONG Kamuri.

Maria Elisa Ayres Guidetti Zagatto Paterniani

Atualmente é Pesquisador Científico VI do Instituto Agronômico de Campinas. Atua na área de Agronomia, com ênfase em Melhoramento Genético Vegetal de Milho e Genética Quantitativa

Maria Paula Domene, CATI Sementes e Mudas, CATI/SAA

Engenheira Agrônoma formada em 1987 pela Escola Superior de Agricultura e Ciências de Machado-MG.
Mestrado concluído em 1992 pela Universidade Federal de Lavras-MG área de fitotecnia e subárea em tecnologia de sementes. Doutorado concluído em 2010 pela Unicamp/Feagri em engenharia agrícola, área de pós-colheita.
Atualmente no Laboratório de Qualidade de Sementes da CATI Sementes e Mudas. 

Patricia Ribeiro Cursi, CATI Sementes e Mudas, CATI/SAA

Diretor Técnico de Divisão - Laboratório Central de Sementes e Mudas.

Thiago Leandro Factor, Instituto Agronômico - IAC/SAA

Pesquisador Científico do Instituto Agronômico, diretor da Unidade de Pesquisa de Itararé. 

Publicado
2024-04-05