Infusão de lidocaína como parte de anestesia multimodal para laparotomia exploratória em equino com síndrome cólica:

revisão de literatura

  • Aline dos Santos Novaes Universidade São Judas Tadeu Campus Unimonte- discente faculdade Medicina Veterinária
  • Leonardo de Freitas Guimarães Arcoverde Credie Universidade São Judas Tadeu- Campus Unimonte
Palavras-chave: síndrome cólica, cloridrato de lidocaína, equinos, analgesia

Resumo

As particularidades anatômicas inerentes a espécie equina predispõem a mesma a síndrome cólica, sendo, predominantemente, seu tratamento cirúrgico. Esta situação impõe alguns desafios, pois o paciente se apresenta hemodinamicamente instável e com alto grau de sensibilidade álgica, tendo normalmente a equipe cirúrgico-anestésica pouco tempo para estabilização e tomada de decisão cirúrgica. Anestésicos inalatórios, como isofluorano, são fármacos amplamente utilizados em anestesia equina, no entanto, podem agravar o quadro hemodinâmico do paciente de maneira dose-dependente, sendo de extrema importância a inserção de anestesia multimodal no protocolo farmacológico, o que deve minimizar efeitos colaterais, otimizando a anestesia e a analgesia no período peri-operatório. Dentre os fármacos utilizados na anestesia balanceada de equinos, infusões contínuas de analgésicos e sedativos têm se mostrado úteis e eficazes nesta espécie. O cloridrato de lidocaína sob a forma de infusão contínua intravenosa apresenta efeito analgésico sistêmico, reduzindo de maneira intensa o requerimento de anestésicos gerais inalatórios, contribuindo também com seu efeito pró-cinético, melhorando o prognóstico em patologias do trato gastrointestinal. A presente revisão tem por objetivo descrever a literatura atual sobre a utilização do cloridrato de lidocaína por meio de infusão contínua intravenosa na espécie equina como parte de anestesia multimodal em procedimentos cirúrgicos para correção de síndrome cólica.

Publicado
2019-08-12