Produção e composição bromatológica da palhada de cultivares de milheto sob doses de nitrogênio

  • Elcivan Bento da Nóbrega
  • Aldi Fernandes de Souza França
  • Eliane Sayuri Miyagi
  • Antônio Clementino dos Santos
Palavras-chave: fibra, fitomassa, fracionamento de proteínas, Pennisetum glaucum, proteína bruta

Resumo

A palhada de milheto é boa opção como estratégia para alimentação dos ruminantes no período de escassez de forragem. Entretanto, o conhecimento da sua composição bromatológica é essencial para a formulação de dietas suplementares. Foi conduzido experimento com objetivo de avaliar a produção de massa seca, a composição bromatológica e o fracionamento de proteínas da palhada de cultivares de milheto forrageiro (Pennisetum glaucum (L.) R. Brown, submetidos à adubação nitrogenada. O experimento foi em delineamento inteiramente casualizado em arranjo fatorial 4 x 4, constituído dos cultivares de milheto (ADR-300; ADR-500; BRS-1501 e BN-2) e das doses de N (0; 20; 40 e 80 kg ha-1 de N, sob forma de uréia), com quatro repetições. O corte foi realizado aos 90 dias após a semeadura. Foram analisados os teores de proteína bruta (PB), fibra em detergente ácido (FDA), fibra em detergente neutro (FDN), matéria seca (MS), bem como as proporções das frações proteícas. As doses de N promoveram incremento linear crescente (P<0,05) na produção de massa seca e nos teores de PB, e linear decrescente nos teores de MS. A produção média foi de 2.055,62 kg ha-1 de massa seca, os teores de PB foram semelhantes para todos os cultivares, com valor médio de 7,78% e os teores de MS diferiram entre cultivares, variando de 50,18 a 60,56% para os cultivares ADR-300 e BRS-1501, respectivamente. As doses de N não influenciaram (P>0,05) sobre os teores de FDA e FDN. Houve diferença dos teores de FDA entre os cultivares (P<0,05) variando de 36,10 a 41,91% para os cultivares ADR-300 e BN-2, respectivamente. Os teores de FDN diferiram entre os cultivares (P<0,05) sendo de 68,94% para o cultivar ADR-300 e de 77,14 para o BN-2. As frações proteícas não diferiram entre os cultivares (P>0,05) cujas médias foram de 11,85; 24,45; 52,95; 5,98 e 4,76% para as frações A, B1, B2, B3 e C, respectivamente. Foi observado efeito linear das doses de N (P<0,05) sobre as proporções da fração A.

Publicado
2019-08-13