Mulher, “substantivo comum”, classificação que apenas determina de forma genérica seres de uma mesma espécie como, por exemplo, homem e mulher.
Ser mulher, entretanto, desafia a gramática, a lógica, a matemática, a física e tantas quantas forem as ciências que ousarem a defini-la.
Desafia a gramática pois mulher é muito mais adjetivo do que substantivo, seu significado ultrapassa apenas a diferença estática entre ser ou não ser, exprime tantas qualidades infindáveis, que qualquer adjetivo se tornará mais forte quando agrupado a esse substantivo.
Desafia a lógica, pois não há lógica quando qualquer das premissas esteja relacionada ao ser feminino.
Desafia a matemática pois ainda não inventaram uma fórmula capaz de calcular as infinitas possibilidades em ser e sentir-se mulher.
Desafia a física quando demonstra que dois corpos podem ocupar o mesmo espaço... a gestação é prova disso, e não me venha dizer que não... Experimente “dividir” o mesmo abdômen com outro ser...
Desafia todas as ciências, pois ser mulher é estar mais próximo das incertezas do divino do que das certezas da ciência.
Ser mulher é estar sempre em dívida consigo mesma, as cobranças feitas por ela serão as mais implacáveis e impiedosas com as quais vai ter que conviver por toda sua vida, será uma busca interminável pela perfeição mesmo reconhecendo que a mesma não existe.
Ser mulher é dar muito de si e ainda assim querer mais, é ser vítima de uma construção de ideais históricos que fazem com que não haja déficit social maior na história da humanidade até os dias atuais.
Ser mulher é lutar pela igualdade sabendo que o que se busca é apenas um tratamento pautado na isonomia, pois somos diferentes e não queremos abrir mão dessa diferença.
Feliz dia das mulheres!
Parabéns para todas nós!!!
Com carinho,
Priscila Madruga Ribeiro Gonçalves
Professora Mestra - Curso de Direito Ceulp/Ulbra