A extensão universitária figura como forma de complementar, aprofundar, atualizar e difundir os conhecimentos, estabelecendo com a comunidade um processo de troca e participação, sem caráter assistencialista e/ou sem tomar a si ações e deveres do Estado.
Assim, a Política Institucional de Extensão se materializa em ações multidisciplinares e interdisciplinares, específicas e institucionais, que fomentam o exercício de habilidades, o desenvolvimento de competências, a produção do conhecimento e estimulam a formação do cidadão, capacitado a trabalhar integrado a equipes, reconhecendo o papel do indivíduo e valorizando o trabalho do conjunto, aspectos estes hoje considerados fundamentais na formação de um profissional de sucesso.
As ações extensionistas na Ulbra Palmas encontram materialidade em eventos, cursos, programas e/ou projetos de extensão, e articulam-se com a política institucional de pesquisa e a proposta de ensino, passando a configurar componentes curriculares obrigatórios, com explicitação nos projetos pedagógicos dos cursos.
Neste contexto, a curricularização da extensão, assim, é apreendida como um processo intrínseco ao fazer pedagógico, partindo do pressuposto de uma estrutura curricular balizada pela aprendizagem por competências; na organização curricular por eixos e, na concepção de disciplinas aderentes aos eixos.
A sistematização desse processo orienta-se pelas linhas de extensão nacionais aderentes ao perfil profissiográfico dos cursos de graduação e, seu planejamento está vinculado à simbiose entre extensão e pesquisa, com os Eixos Temáticos de pesquisa, cuja operacionalização dá-se mediante a estruturação de Programas de Extensão Interdisciplinares – PEI, visando à geração do conhecimento.
Assim, os Programas de Extensão Interdisciplinares (PEIs) assumem um modelo reconstrutivista de educação, em que o aluno protagoniza o processo de aprendizagem e orienta-se pela quadríade extensão-pesquisa-ensino-extensão. Com isso, os PEIs delineiam-se a fim de apreender e problematizar a realidade, estimulando a iniciação científica e fomentando a elaboração de respostas a problemas reais, que retroalimentam o ensino a partir das correlações teoria/prática.
Na conclusão desta circularidade, a extensão promove a devolutiva a partir da formação de agentes transformadores e da implementação das ações planejadas com e na própria comunidade.