Por: Graziele Lopes Ribeiro
Professora Mestra - Curso de Direito Ceulp/Ulbra
Parabéns a todas as supermulheres!
Tenho muito orgulho em trabalhar com vocês que, apesar de correrem o risco de serem uma das 135 estupradas diariamente no Brasil, insistem em seguir para a Universidade e ocupar 57% das cadeiras da graduação, 52% das vagas do mestrado e 50% dos bancos de doutorado no nosso país. Afinal de contas corre-se mais riscos ficando em casa, local em que acontecem 42% das agressões femininas.
As vezes me entristeço ao saber que apesar de nos dedicarmos tanto aos estudos, só conseguimos obter 36% das bolsas de produtividade em pesquisa e somente 25% das bolsas seniors e A1.
Mas fico feliz quando vejo que essas supermulheres não desistem de estudar, mesmo sabendo que a empregabilidade do homem ao se graduar é de 89%, enquanto a delas será de 76%, que seus rendimentos só alcançarão 70% dos proventos masculinos, e que mesmo que se dediquem muito, só conseguirão ocupar 25% dos cargos de Direção/Presidência. Sem considerar que quanto mais uma mulher avança na carreira, maior é o gap salarial em relação ao homem.
Admiro essas mulheres maravilhosas, que assumem a mais sublime tarefa de serem mães, e arcar quase que exclusivamente sozinhas com o peso da maternidade ao criar e educar os pequeninos, desempenhando com muito amor a tarefa que lhes impacta tanto na progressão profissional e, por consequência, na independência financeira.
Enfim, meninas, senhoras, mães, filhas, netas, avós, sobrinhas, tias, vocês têm toda a minha admiração, pois além de serem alunas super dedicadas e profissionais extremamente competentes, dão conta de todas essas atribuições lindas, maquiadas e em cima do salto!