Às que vieram antes de nós, a minha gratidão! Às que estão galgando o seu lugar no futuro, o meu apoio e incentivo para que alcancem os seus objetivos.
Nós, mulheres, carregamos o estigma da luta pelo nosso espaço, nossos direitos e reconhecimento do nosso valor na sociedade, uma luta que exigiu muitos sacrifícios (lembro aqui a história das trabalhadoras da Triangle Shirtwaist Company).
Aliviadas, podemos dizer que grandes foram os avanços, mesmo que sejam maiores no âmbito legal que no ambiente social. Foram 462 anos para que a mulher casada finalmente passasse a ser considerada capaz.
Sim! Nós, quando casadas, éramos consideradas relativamente incapazes, vejam o que nossas antecessoras passaram! Em 1962, foi instituído o Estatuto da Mulher Casada, Lei número 4.121/62, dando às casadas alguns direitos, sendo que outros 26 anos foram necessários para que a nossa Constituição Federal consagrasse a igualdade de direitos e deveres na família.
Não quero implementar ânimo ao conflito de direitos femininos X masculinos. Pretendo apenas mostrar um pouco da vanguarda feminina na busca por igualdade, ressaltando que os direitos de família estão ligados à luta das mulheres pela emancipação.
Lembrem-se que a gratidão às que vieram antes de nós é a base para o encorajamento que quero ver em todas as mulheres que buscam o seu espaço, que sonham, que planejam as suas conquistas e têm os olhos no seu futuro.
Não desistam diante das dificuldades que, por ventura, possam surgir à frente de vocês, seja qual for o caminho que escolherem trilhar, pois, com certeza, elas surgirão.
Em especial às alunas do curso de Direito do CEULP/ULBRA, o meu respeito e admiração. Aceitem a minha dica de se dedicarem ao estudo sempre, já que vocês escolheram a carreira que tem como missão garantir, acima de tudo, a justiça.
Lutem do mesmo modo que lutaram as nossas antecessoras pelos nossos direitos, afinal um deles é o de estarmos na faculdade.
Parabéns a todas as mulheres!