Vivi sob os resquícios de uma época de opressão e submissão da mulher em relação ao homem. Uma condição de inferioridade a qual ainda nos privava de uma plena realização pessoal e profissional.
Por isso, posso afirmar que condição feminina na sociedade evoluiu muito, para melhor!
Me lembro como se fosse hoje, que quando iniciei o curso de Direito, no ano de 2006, me deparei um cenário bem diferente, onde a maioria das jovens colegas, já vivendo sob a égide da Constituição Federal de 1988 a qual que prevê expressamente a igualdade de direitos entre homem e mulher, sequer conseguia compreender quando eu lhes contava sobre a situação de subordinação e inferioridade que eu havia experimentado e as barreiras que tive que transpor para conseguir chegar até ali.
Na Universidade, tive o privilégio de entender e estudar os movimentos feministas que levaram a evolução histórica da situação jurídica da mulher e descobri que o Brasil é um país onde não há privação legal de liberdade da mulher. Isso significa que nós, mulheres brasileiras, podemos ser o que quisermos!
Passados alguns anos após a minha graduação, vejo que, apesar da evolução normativa, no sentido de prever mais liberdades e direitos à mulher, ainda há empecilhos para sua concretude e a desigualdade de direitos entre homem e mulher ainda é uma realidade presente.
É certo que esses entraves encontram-se no âmbito de uma moral social, significando que cabe à sociedade, principalmente às mulheres, lutar para promover as mudanças necessárias, já que a emancipação e liberdade vão exigir delas maiores riscos e responsabilidades.
Contudo, nesse mês em que se comemora o Dia da Mulher, quero deixar a seguinte mensagem: Que nós, mulheres, possamos reconhecer, respeitar e honrar as diversas personas que habita em nós: a estudante, profissional, mãe, filha, esposa, namorada, amiga, avó e etc., pois entendo que isso é essencial para nos sentirmos mais íntegras, fortes e livres.
Que sejamos unidas e pratiquemos a compaixão, auxiliando nossas “irmãs”, outras tantas mulheres que se encontram em situação de sofrimento e vulnerabilidade a reconhecer seus direitos e descobrir seu valor.
Sobretudo, mulher, que você seja corajosa: enfrentando com firmeza os desafios que se apresentar e indo à luta para exercer com plenitude os papeis sociais que escolher. Afinal, como diz a célebre frase: “Lugar de mulher, é onde ela quiser”.
Advogada Wilma Remde - SAJULP
Curso de Direito - CEULP/ULBRA