O desenvolvimento econômico e político do Brasil, somado a sua riqueza em
minérios tem atraído nos últimos anos o mercado exterior. Essa procura causou um
rápido crescimento nessa área e tem gerado a insuficiência de profissionais qualificados
para operar. Preocupado com essa questão, o CEULP/ULBRA disponibiliza a três anos
a graduação em Engenharia de Minas.

Com esse aquecimento é estimado que o país receba entre 2011 e 2015 cerca de
68,5 bilhões de dólares em investimento em projetos e logística, de acordo com o
Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram).

As empresas apresentam dificuldade, em encontrar o profissional com formação
e experiência, e ainda fazer com que o mesmo, principalmente os mais jovens deixe
a comodidade dos centros urbanos, pois para entrar na área é preciso ter disposição
para trabalhar em minas. Outro fator é que a oferta de profissionais não acompanha a
demanda das empresas, o que gera a disputa pelos mais experientes.

De acordo com a gerente de desenvolvimento humano e organizacional da
Mirabela Mineração do Brasil, Rute Andrade, o aquecimento do setor e a carência de
profissionais com experiência fazem com que o mercado passe a oferecer salários acima
do padrão, conclui a gerente.

Acerca do crescimento desse segmento o diretor da consultoria de recrutamento
Michael Page, Leonardo Souza, afirma que pode até haver carência de pessoas
especializadas no mercado, principalmente nos estados que não tem tradição em
mineração. Neste caso os profissionais mais buscados pelas mineradoras são os
engenheiros de minas e os geólogos seniores.

Ambas as profissões são essenciais na mineração. O engenheiro de minas
pode atuar no controle da produção e operação da mina, na etapa de extração, ou no
controle do beneficiamento do minério, na etapa metalúrgica. Já o geólogo pode atuar
tanto no planejamento, definindo a produção e o tempo de vida útil da mina, quanto
na exploração, ao pesquisar os locais que podem ter minérios. É necessário destacar
também a importância de engenheiros civis, em que exercem papel complementar no
setor, atuando na construção e na ampliação da infraestrutura das mineradoras.

Fonte: Informações retiradas da Revista Você S/A, Edição 160 – Editora Abril –
Outubro 2011, Páginas: 54-55.