Exportação chinesa de terras raras respeita critério da OMC, afirma governo

01/05/2012

Estados Unidos, União Europeia (UE) e Japão apresentaram ao governo chinês, no dia 13 de março deste ano, um pedido de consulta sobre a tarifa e quota de exportação de terras raras. Em resposta, o engenheiro geral do Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação da China, Zhu Hongren, destacou ontem (25) que a administração da exportação do recurso do país respeita os critérios da Organização Mundial do Comércio (OMC).


De acordo com Zhu Hongren, a OMC fornece uma plataforma para a solução de disputas comerciais internacionais. A China respeita os critérios da entidade e espera que os envolvidos possam entender a intenção do governo chinês de reforçar o controle da exportação de matérias-primas, entre elas, as terras raras. Ele reiterou que as medidas sobre exploração e produção de terras raras adotadas pela China visam fortalecer a preservação ambiental e dos recursos e concretizar o desenvolvimento sustentável. Isso não é contraditório com os princípios da OMC.

 

Recentemente, a exploração inadequada de terras raras em algumas regiões chinesas já causou tanto a poluição da água de superfície, quanto muito desperdício de recursos. No sul do país, a taxa média de recuperação de terras raras é de menos de 50%. O valor é até mais baixo em muitas áreas de exploração ilegal, revelou Zhu Hongren.


"Nos últimos meses, o governo chinês tomou uma série de medidas para reforçar o controle da exploração sem planejamento dos recursos, para evitar que alguns produtos de terras raras ilegamente exploradas entrem no mercado."


Segundo Zhu Hongren, a promoção da campanha de retificação e controle sobre terras raras pela China tem o objetivo de padronizar ainda mais a exploração, produção e gestão da commoditie. Para garantir a capacidade de suporte ambiental, o fornecimento dos produtos de terras raras aumenta de maneira adequada. Ele também ponderou que a alta do preço desse recurso é uma reação do mercado, mas não um resultado do controle do governo chinês.


"O preço de um recurso reflete os custos da exploração e o nível de preciosidade. A alta contínua do preço das terras raras representa apenas uma reação do mercado. O governo chinês nunca participou dessa ação."


Para Zhu Hongren, os Estados Unidos, Japão e UE possuem tecnologias e experiências avançadas em proteção ambiental, reciclagem de resíduos e inovação tecnológica. Portanto, a China quer intensificar as colaborações e intercâmbios nos setores com esses países, a fim de promover em conjunto o desenvolvimento da indústria de terras raras.

 

 

 

Fonte: crionline
 

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