O país começa a se armar para uma disputa histórica com a Índia para conseguir espaços em um mercado estratégico, hoje monopolizado pela China. Além de ter as principais jazidas do grupo de minerais conhecidos por terras raras, a segunda maior economia do mundo também concentra e regula a oferta (97%) em favor de seu crescente domínio nas aplicações industriais desses insumos, geralmente ligadas a produtos de alta tecnologia.
Pesquisas indicam que o Brasil pode até alcançar a vice-liderança no fornecimento de terras raras, desde que invista, ao mesmo tempo, na exploração de suas ricas e variadas reservas e no florescimento local de fábricas para agregar valor à produção mineral e romper, assim, a muralha chinesa. Produzindo 303 toneladas anuais desses minérios estratégicos, o país está num magro terceiro lugar mundial, bem atrás da Índia (2,7 mil) e da líder, China (120 mil). Mas ainda tem, no mínimo, 52 milhões de toneladas para serem exploradas, patamar próximo ao chinês, de 55 milhões.
Fonte: Correio Braziliense